Ex-Deputado Federal Laerte Bessa. Foto: Agenda Capital

Em entrevista exclusiva ao Agenda Capital, o deputado federal Laerte Bessa (PR), afirmou que somente vai apoiar o projeto de unificação das policias se for para engrandecer as instituições. Bessa afirmou ainda que já está preparando projeto para reestruturar tanto a Polícia Civil, como a Polícia Militar Militar e o Corpo de Bombeiros

Por Delmo Menezes

Laerte Bessa, 63 anos de idade, é goiano e mora em Brasília há mais de 30. Delegado e bacharel em Direito, foi diretor da Polícia Civil do DF por oito anos, quando esta foi considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) a melhor polícia do Brasil.

Eleito deputado federal pela primeira vez em 2006, foi o primeiro representante do DF a presidir, por duas vezes, a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado na Câmara.

Em 2014, se candidatou pelo Partido da República (PR), logrando êxito para representar o DF na Câmara Federal, sendo um dos oito representantes da bancada brasiliense na Casa.

Laerte Bessa trabalhou na Polícia Civil por mais de 30 anos. Casos emblemáticos e que marcaram a história de Brasília foram solucionados graças à sua atuação. O escândalo dos ‘Anões do Orçamento’, a fuga espetacular de Marcelo Bauher, e o sequestro de Pedrinho, levado da maternidade de um hospital particular de Brasília em 1986 por Vilma Martins são alguns exemplos.

Em 1996 assumiu a direção da PCDF, onde permaneceu até 2006. Neste período, Laerte Bessa adquiriu equipamentos modernos de escuta, como o Audiodisk – considerado o melhor do mundo – e da área de inteligência como os sistemas “Guardião” e “Cérebro”.

 

Deputado Federal Laerte Bessa (PR). Foto: Assessoria

Em entrevista concedida na manhã desta segunda-feira (21) ao Agenda Capital, o deputado federal e pré-candidato a reeleição Laerte Bessa (PR), destacou que é a favor da unificação das policias civis e militares desde que cada uma tenha a sua relevância. O parlamentar ressaltou que pretende tomar conhecimento do Projeto de Lei que está tramitando no Congresso Nacional, para formar um melhor juízo sobre o assunto. Bessa disse ainda que pretende lutar pela equiparação salarial da polícia federal e polícia civil do DF.

Leia a íntegra da entrevista:

AC – Pela terceira vez o senhor disputará o mandato de deputado federal. Como avalia a Polícia Civil do DF que está dividida em torno dos seus candidatos?

Laerte Bessa – A minha maior motivação de vir para a reeleição, foi a situação em que se encontra a nossa cidade, especialmente na minha área de atuação que é a segurança pública. Brasília chegou no fundo do poço e você sabe muito bem como estão as coisas. A pré-candidatura de Jofran Frejat (PR), é que me motivou a ir para mais um mandato. Nesses dois mandatos de deputado federal, trabalhei de forma muito atuante para a segurança pública do Distrito Federal. Não podemos mais suportar a violência que se encontra em Brasília. Os dois últimos governadores simplesmente viraram as costas para a área. Eu pretendo fazer um trabalho junto com o Frejat para que a gente possa reestruturar tanto a Polícia Civil, Militar e Corpo de Bombeiros, colocando as forças de segurança novamente ao patamar anterior a nível nacional.

AC – Tomamos conhecimento que muitas Delegacias de Polícia estão fechadas no período noturno. Como representante da categoria pretende tomar alguma atitude caso Frejat seja eleito?

Laerte Bessa – É o maior absurdo que já vi no DF. Vinte delegacias circunscricionais estão fechadas durante a noite. Você já pensou nas pessoas que são vítimas de estupro e que necessite se deslocar a delegacia para fazer o Boletim de Ocorrência, e não tem uma delegacia para ser atendida. Isso nunca aconteceu em Brasília. Não podemos mais aceitar este tipo de coisa, onde um governador despreparado, ponha a catástrofe dentro do poder Executivo que hoje infelizmente está parado em Brasília. O déficit dentro da Polícia Civil é de 4.500 policiais. Na Polícia Militar o déficit é de quase 10 mil policiais. Estamos preparando os projetos tanto para a Polícia Civil, como para a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, para resgatar a hegemonia que tínhamos na Segurança Pública do DF.

AC – O senhor é a favor da unificação das Polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros. Qual é a sua proposta para o Projeto de Lei que está tramitando no Congresso Nacional?

Laerte Bessa –  O projeto da unificação está pronto no Congresso Nacional. Eu ainda não tive acesso. Nós temos que estudar de que forma está acontecendo esta unificação. Se for para engrandecer as instituições, é claro que nós vamos ser a favor. O projeto tem que ser debatido com todas as categorias para que a gente possa dar credibilidade à Segurança Pública. Não adianta fazer uma unificação açodada, e que não vá resolver o problema. Sou a favor desde que as três instituições (Polícia Civil, Militar e Corpo de Bombeiros), estejam de acordo.

AC – No Distrito Federal a Polícia Civil sempre teve paridade salarial com a Polícia Federal. Por que isso hoje não ocorre?

Laerte Bessa – O motivo é o revanchismo do governador que não tem compromisso nenhum com o povo de Brasília, simplesmente por vontade própria, decidiu não dar paridade da Polícia Civil com a Polícia Federal que é histórico e legal. Não tenho dúvida nenhuma que no nosso próximo governo isso será restabelecido, assim como o plano de cargos e salários da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros que será implantado de forma que venha beneficiar não somente o oficialato, mas também os praças e toda a categoria. Estamos preparando inclusive os projetos tanto da Polícia Civil, Militar e do Corpo de Bombeiros, para ser apresentado nos próximos dias.

Da Redação do Agenda Capital

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