Além de Romero Jucá, o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado gravou neste ano conversas que manteve com outros líderes do PMDB, o presidente do senado Renan Calheiros (AL) e o ex-senador e ex-presidente da República José Sarney. A informação foi confirmada por fontes com acesso à negociação da delação premiada de Machado. As novas gravações, que ainda não vieram a público, foram feitas por meio de um telefone celular e fazem parte do material apresentado pela defesa de Machado como proposta de delação premiada.

Conforme a apuração, Machado, afilhado político de Renan e indicado para a Transpetro em 2003 com a chancela do atual presidente do Senado, negocia delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR) desde o ano passado.

O ex-presidente da Transpetro temia ser preso e processado a partir de revelações feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e pelo lobista e também delator Fernando Soares, o Fernando Baiano.

Costa afirmou à Operação Lava-Jato ter “conhecimento de que um percentual dos valores envolvidos nos contratos da Transpetro são canalizados para o senador Renan Calheiros, com quem José Sérgio de Oliveira Machado se reúne periodicamente em Brasília”.

O ex-diretor da Petrobras afirmou que não se recordava de quanto seria tal percentual. Mas afirmou que “por conta da contratação de navios pelo sistema […] o declarante recebeu a quantia de R$ 500 mil em espécie e diretamente junto a José Sérgio Machado, sendo o valor recebido no apartamento deste no bairro de são Conrado no Rio de Janeiro” e que esse pagamento “ocorreu por volta dos anos de 2007 e 2008”.

Nesta segunda-feira, a “Folha de S.Paulo” publicou transcrições de conversas entre Machado e Jucá em que o senador fala em pacto para deter a Operação Lava-Jato. As revelações levaram ao afastamento de Jucá do Ministério do Planejamento.

Da Redação com informações Valor

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