Ela e o filho já estão juntos, em casa, após dias difíceis de luta pela vida – Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF

“Sinto orgulho da equipe de enfermagem que se manteve aos cuidados do paciente e também dos médicos, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais”, disse o Dr. Pedro Zancanaro, superintendente da regional.

Por Jurana Lopes*

Como forma de agradecer o tratamento e assistência prestados ao filho, que ficou internado 120 dias com Covid-19, a aposentada Elza dos Santos, de 75 anos, escreveu uma carta e enviou para a direção do Hospital Regional da Asa Norte (Hran).

Mãe de Edgar Leandro dos Santos, de 39 anos, ela diz não ter como agradecer a cada um dos profissionais que cuidou da saúde do filho, e que a carta seria algo singelo, pois “não tem dinheiro que pague o cuidado que eles tiveram com meu filho”.

O filho de dona Elza ficou internado desde setembro e só recebeu alta médica no início de janeiro. Foram meses de muita angústia e medo para o coração da mãe, que sempre recebia notícias de que o filho estava em estado gravíssimo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Dos 120 dias que ele ficou internado, 100 deles foram dentro da UTI. Quando ele não estava sedado, estava entubado. Nesse período ele teve várias paradas cardiorrespiratórias e emagreceu 50kg. Hoje, até os médicos falam que meu filho está vivo por milagre”, relata.

Elza conta que recebia ligações diárias dos médicos informando o estado de saúde de Edgar. “Me ligavam todos os dias e, apesar das notícias nunca serem boas, toda a equipe me tratava com muita gentileza, transparência e explicavam tudo direitinho”. A idosa também recebia suporte psicológico durante o período de internação do filho.

Elza enviou uma carta direcionada aos servidores do Hran agradecendo à assistência prestada ao filho – Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF

Após 100 dias internado na UTI, Edgar ficou cerca de oito dias se recuperando na enfermaria. Nesse período, Elza recebia videochamadas e podia matar um pouco da saudade que sentia do filho.

“Eu só tenho a agradecer a toda equipe do Hran, porque graças a Deus e a eles meu filho está vivo. Continuo fazendo minhas orações para todos que cuidaram do meu filho. Foi um tratamento de excelência, acredito que melhor do que em um hospital particular”, afirma.

Hoje, Edgar está se recuperando em casa das sequelas da Covid-19, pois como ficou muito tempo na UTI, teve seus pulmões e habilidades motoras comprometidos. Atualmente ele faz acompanhamento periódico no Hran, com o cirurgião torácico. Além disso, desde quando saiu da intubação começou as sessões de fisioterapia, que continuam de maneira contínua até hoje.

O superintendente da Região de Saúde Central, Pedro Zancanaro, afirma que ações de gratidão como essas ajudam a reerguer os ânimos dos guerreiros que hoje estão cansados de tanta luta com o vírus. Especialmente quando, novamente, todos sentem que a batalha ainda não terminou.

“Sinto orgulho da equipe de enfermagem que se manteve aos cuidados do paciente, dia a dia. Também tenho orgulho de médicos, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais que apoiaram com decisões diagnósticas acertadas e, por fim, se juntaram com a resiliência e esperança do paciente, possibilitando sua alta médica”, avalia Zancanaro.

*Com informações da SES-DF

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here