Por Redação
A ex-senadora Marina Silva (Rede) afirmou à reportagem que o presidente Michel Temer “sabotou a República” e não tem mais legitimidade para permanecer no cargo.
Ela defendeu a renúncia de Temer e a realização de eleições diretas para presidente.
“Temer não tem credibilidade, não tem legitimidade e vai para zero de popularidade”, disse Marina, na noite desta quarta (17).
“A renúncia é a única coisa que resta ao presidente, se ele não quiser preservar por apenas alguns dias o foro privilegiado”, afirmou.
Marina ressaltou que a sociedade não pode cruzar os braços caso Temer não tome a decisão voluntária de sair.
“A renúncia é um ato unilateral. Mas não podemos ficar esperando a consciência dele. Temos que apelar às instituições”, afirmou.
A ex-senadora disse que Temer “sabotou a República” ao dar aval ao pagamento de propina a Eduardo Cunha, segundo gravação feita pelo empresário Joesley Batista.
Ela disse que a ex-presidente Dilma Rousseff fez o mesmo ao avisar Mônica Moura que ele seria presa, de acordo com a delação da marqueteira.
“PT e PMDB são irmãos siameses. Os dois partidos praticaram os mesmos crimes. Os dois presidentes sabotaram a República”, afirmou.
A ex-senadora disse ver três saídas legais para Temer. “Uma saída é a renúncia. As outras são o impeachment e a cassação no TSE”.
Ela defendeu uma mudança na Constituição para permitir eleições diretas. Para Marina, o Congresso não tem legitimidade para fazer uma eleição indireta, como prevê a regra atual.
CANDIDATURA
Marina não respondeu se seria candidata em caso de nova eleição. Ela tem 14% de intenções de voto, segundo o Datafolha.
“Agora o pior dos mundos é pensar em quem vai ser o candidato”, disse Marina, que ficou em terceiro lugar nas eleições de 2010 e 2014.
Na última disputa, ela apoiou no segundo turno o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que agora também é acusado de pedir propina à JBS.
“Eu não tinha conhecimento desses fatos. Foi a decisão possível naquela conjuntura”, justificou-se Marina. “Agora chego à conclusão de que a eleição de 2014 foi uma fraude”, concluiu.
Da Redação com informações da Folha
Tem que haver uma mudança radical neste pais, eleições diretas já, não aguentamos mais, todos esses políticos da atualidade tem que sair, vamos mudar Brasil e sem corrupção.