Marlon Costa, candidato a deputado distrital pelo PSB-DF. Foto: Agenda Capital

“Se as pessoas quiserem fazer campanha da forma como faziam antigamente, elas não vão conseguir. A população mudou, está todo mundo em tempo real com as notícias, os tempos são outros” (Marlon Costa)

Por Delmo Menezes

O publicitário Marlon Anderson Costa (PSB), nascido e criado em Taguatinga, casado, pai de três filhos, é uma das apostas do PSB para ocupar uma das 24 cadeiras na Câmara Legislativa do DF (CLDF).

Com seu jeito simples e perfil arrojado, o ex-administrador de Taguatinga, e ex-secretário adjunto das Cidades, desponta como um dos nomes de Rollemberg na renovação política da futura composição da CLDF. Nesta entrevista ao Agenda Capital, Marlon fala sobre a renovação na política, o toma-lá-da-dá-cá, sua passagem pela Administração Regional de Taguatinga e Secretaria das Cidades.

Leia a íntegra da entrevista:

AC – Porque acredita que será eleito deputado distrital?

Marlon Costa – Eu acredito na nossa eleição. A gente está andando muito pela cidade e vendo a população desmotivada com a política. O Povo quer uma renovação total. A primeira coisa que as pessoas perguntam se é a primeira vez que sou candidato. Tenho certeza que os candidatos que nunca foram eleitos, vão sair com algumas vantagens nessas eleições de 2018. A gente acredita nisso, porque estamos fazendo um trabalho desde 2015. Temos conversado com as pessoas, visitando feiras, e somos muito bem avaliados pela população como administrador de Taguatinga. Há muito tempo a cidade não elege nenhum representante. A gente acredita que juntando estas forças, conseguiremos nosso objetivo.

AC – Estamos vivendo uma campanha atípica e muito curta. Faltando poucos dias para o encerramento, como o senhor tem viabilizado sua candidatura à CLDF?

Marlon Costa – Esta é uma campanha atípica mesmo. Costumo dizer que é a campanha dos ‘S’. O candidato tem que gastar saliva e sola de sapato. Os recursos são cada vez mais escassos, você pode ver isso nas ruas. O candidato que desejar ter êxito nestas eleições terá que conversar e andar muito, ou seja, falar com muita gente. É a famosa eleição ao pé de ouvido.

Marlon Costa (PSB), candidato a deputado distrital. Foto: Agenda Capital

AC – Nascido em Taguatinga, você foi administrador regional da cidade e secretário adjunto das cidades. Acredita que o povo vai se lembrar da sua gestão?

Marlon Costa – Eu fiquei cinco meses na Administração de Taguatinga, e hoje fico muito impressionado como as pessoas se lembram da minha passagem pela Administração mesmo que por pouco tempo. Fizemos um trabalho de parceria com a comunidade, sempre dialogando com as pessoas e isso trouxe o respaldo que a gente tem hoje. Na Secretaria das Cidades, fizemos um trabalho junto com os feirantes.  As pessoas lembram do nosso trabalho. Nós regularizamos as feiras do Distrito Federal que estavam todas irregulares. Entregamos muitos Termos de Permissão aos feirantes do DF.

AC – O governo Rollemberg está com uma taxa de rejeição de 57% segundo pesquisa recente do Ibope. Isso pode influenciar negativamente na sua campanha pela sua proximidade com o Chefe do Executivo?

Marlon Costa – Não acredito nisso. O Rodrigo pegou uma fase de ajuste fiscal, de colocar a Casa em ordem, naturalmente o desgaste vem. Isso é igual você ajustar as contas de sua casa. Quando você começa a ajustar as contas de casa, os filhos são os primeiros a reclamar. Aconteceu a mesma coisa com o governador Rodrigo Rollemberg. Não acredito que esta rejeição venha atrapalhar a sua reeleição, mesmo porque o governador tem uma imagem de uma pessoa honesta, correta, limpa e isso reflete muito em nossa candidatura.

AC – Temos notado que alguns candidatos têm desistido de concorrer ao pleito de 2018 por uma série de fatores, principalmente a questão financeira. O senhor fez vaquinha virtual ou recebeu recursos do fundo eleitoral?

Marlon Costa – Eu fiz a vaquinha virtual. Ainda não recebi o recurso do fundo partidário, mas provavelmente deve vir alguma coisa para nos ajudar na campanha. Eu costumo dizer que os candidatos que estão desistindo, são aqueles que ainda estão pensando na velha política do tipo “toma lá dá cá”. Se as pessoas quiserem fazer campanha da forma como faziam antigamente, elas não vão conseguir. A população mudou, está todo mundo em tempo real com as notícias, os tempos são outros.

AC – O senhor acha que na próxima legislatura ainda vai ter o “toma-lá-dá-cá”, ou isso é coisa do passado?

Marlon Costa – Não acredito que ficou só coisa do passado. Eu acredito que isso seja uma mudança constante, isso é uma evolução, tanto dos políticos quanto dos eleitores. Acredito que estamos numa fase de transição de mudança. A política está melhorando, a gente tem que entender que precisamos mudar. Não adianta a gente se iludir achando que esta mudança vai acontecer da noite para o dia. Ela acontecerá aos poucos e essa mudança é consequência do amadurecimento do eleitor.

AC – As pessoas de uma maneira geral ainda não definiram seus candidatos. A grande maioria prefere votar branco ou nulo. Como o senhor avalia esta situação?

Marlon Costa – Eu estou andando muito, eu ouço as pessoas. Elas falam que não vão votar nestas eleições. Afirmam que preferem pagar multa para não votar. As pessoas estão totalmente desmotivadas com a política, a gente está sentindo isso. Isso é um erro, porque a partir do momento que a população deixa de exercer a sua cidadania, o seu direito de votar, ela começa a abrir parâmetros para que os maus políticos possam tomar decisões por ela. Então a gente tem levado isso para os eleitores, para escolher, pesquisar, ver as propostas de cada candidato, para poder tomar uma decisão na hora de votar.

AC – Quais as principais bandeiras que o senhor vai defender na CLDF?

Marlon Costa – Uma das minhas bandeiras será a inclusão social, dentro da educação. Acredito que a educação é a base de qualquer país, de qualquer cidade do DF. Então, a partir do momento que o governo investe em educação, naturalmente ele colhe os bons frutos. Estamos vendo muitos candidatos prometendo coisas que não são de sua competência e sim do Executivo. A população também está esperta em relação a estas propostas demagogas.

AC – A maioria dos candidatos se orgulham de falar que são Ficha Limpa, quando isso seria uma obrigação. Isso pode ser um diferencial nesta eleição?

Marlon Costa – A coisa está tão pesada na política, tão esquisita, que acaba que a Ficha Limpa vira o atributo, vira uma qualidade, quando isso deveria ser uma obrigação. Com tantos escândalos no DF, com vários políticos sendo presos, Brasília virou cenário de escândalo e ser Ficha Limpa não deixa de ser um pré-requisito para ingressar na política.

AC – Acredita mesmo na renovação da política na CLDF?

Marlon Costa – Eu acredito que vamos ter uma renovação de mais de 60% na Câmara Legislativa do DF, até porque vários candidatos vão sair a federal, senado e outros não irão concorrer este ano.

AC – De Marlon Costa para Marlon Costa.

Marlon Costa – Eu sou publicitário, mais já fui garçom, ambulante, cobrador de lotação, e hoje tenho muito orgulho de chegar onde cheguei. Foi com muita luta, trabalhando muito, persistente e sempre não dando ouvidos para as pessoas pessimistas. Trabalho com muita garra e sempre ouvindo a população. É dessa forma que queremos levar para a CLDF, sem demagogia, ouvindo as reivindicações da população, alinhado com o governo, cobrando quando tem que cobrar, fiscalizando na hora que tem que fiscalizar e ajudando na hora que a gente tem que ajudar.

Da Redação do Agenda Capital

 

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