Na linha de frente do coronavírus, a médica Janaína Machado acredita que a fé em Deus foi o que a deixou de pé cada vez que sentiu perder o chão

Por Helena Cirineu

A jovem médica de 34 anos, Janaína Cristina dos Reis Machado, viveu na linha de frente contra o Covid-19 desde o primeiro instante que a doença foi detectada no Distrito Federal. “Teve momentos que perdi o chão”, conta. “Mas consegui me estruturar aumentando a minha fé e intensificando as minhas orações para poder continuar ajudando as pessoas. Tem que ter muita fé em Deus”.

Janaína é chefe da Gerência do Paciente Internado no Hospital Regional de Santa Maria, onde ingressou há 8 anos por meio de concurso público. Contratada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), a médica foi homenageada pela Secretaria de Saúde (SES) na manhã desta sexta-feira (23), em solenidade virtual pelo Dia do Servidor Público, comemorado em 28 de outubro.

Mineira e morando em Paracatu, Janaína tem uma rotina de trabalho pouco comum. Ela fica em Brasília entre segunda e quinta-feira, retornando na sexta para Paracatu, onde permanece até domingo. Pela dedicação ao trabalho, acostumou-se à rotina, mas planejava tirar férias, que já estavam atrasadas havia dois anos. Atrasou mais uma vez com a chegada da pandemia. Seu foco passou a ser cuidar das vítimas da Covid-19. Mas agora, diante do quadro estabilidade da doença, ela decidiu parar para cuidar da gravidez e do bebê, que pode nascer a qualquer momento. Casada, Janaína já tem Bernardo, de quase três anos de idade.

LIÇÕES DA PANDEMIA

Ao falar sobre sua experiência na pandemia, Janaína disse que salvar vidas de pessoas infectadas pela nova doença foi um grande aprendizado profissional, que exigiu bastante equilíbrio emocional. ”Ninguém nunca tinha vivido isso antes”, ressaltou. “Foi preciso ter uma estrutura emocional muito grande para poder tocar as atividades. O impacto é imenso e a dor é gigantesca quando lidamos com o sofrimento das pessoas, sem ter o que fazer. A gente vive isso diariamente. Mas nesse caso, foi uma situação excepcional. Nós aprendemos a conduzir o fato no momento em que já estava acontecendo”.

Para Janaína, o Governo do Distrito Federal “segurou a onda”. Atendeu a todos os pacientes e não faltaram respiradores, mesmo quando alguns desses equipamentos foram doados para cidades do Entorno.  “Demos suporte a todos, nenhuma pessoa morreu desassistida. Todos foram atendidos, sem exceção”, enfatizou Janaína.

O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, participou da homenagem à médica. Ao cumprimentá-la, parabenizou a todos os servidores público do DF, em especial, aos profissionais de saúde.  Osnei ressaltou que, junto com a equipe que dirige a SES, vem atuando para proporcionar melhor condições de trabalho aos servidores da saúde, inclusive nos momentos mais difíceis, como na pandemia do coronavírus.

Com informações do IGES-DF 

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