Foto: Reprodução

Por Fabio de Lima Marques

Com a entrega dos 300 mil mosquiteiros impregnados com inseticida de longa duração (MILD), em novembro de 2018, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS), por meio da Coordenação Geral dos Programas Nacionais de Controle e Prevenção da Malária e das Doenças Transmitidas pelo Aedes (CGPNCMD), iniciou a distribuição desse insumo para o controle do agravo na região Amazônica.

Serão atendidas 364,5 mil pessoas em áreas de alto risco para a doença, em 34 municípios prioritários nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima, além de nove Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Estas localidades representam cerca de 80% da transmissão da malária do país. Os estados do Acre, Amazonas, Pará e Amapá já receberam os MILD e iniciaram a distribuição aos municípios.

A CGPNCMD tem adotado uma série de ações estratégicas para o enfrentamento da malária, como apoio a intensificação das ações nos estados e municípios prioritários, repasse suplementar de recurso para custeio e investimento, visitas técnicas em parceria com estados e municípios e o projeto Apoiadores Municipais de Controle da Malária, o qual aloca atualmente 26 profissionais de nível superior, especialistas em controle da malária, para apoiarem as gestões locais no enfrentamento da doença e aplicação das estratégias, conforme a realidade local.

“A principal diretriz de controle da malária é o diagnóstico e tratamento das pessoas, tendo o controle vetorial seletivo e integrado como estratégia complementar. Neste sentido, os MILD, juntamente com a Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI) são as principais estratégias de controle vetorial para proteção das pessoas em áreas de alto risco de transmissão”, salienta Cássio Peterka, Coordenador-Geral substituto da CGPNCMD.

É essencial que os MILDs sejam distribuídos e instalados nas residências das localidades prioritárias por profissionais capacitados e que orientem a população quanto à importância de utilizar os mosquiteiros todas as noites e a necessidade de lavar a cada três meses. Para secar o mosquiteiro, deve-se deixá-lo na sombra e não estender em locais que possam ocasionar furos.

Osnei Okumoto, secretario nacional de vigilância em saúde. Foto: Jossie Medcalf

O Secretário de Vigilância em Saúde, Osnei Okumoto, disse que “os MILD foram adquiridos para proteger as pessoas e famílias que sofrem com a malária há muitos anos. Ele mata os mosquitos, vetores da malária, evitando assim que a transmissão da doença aconteça. Mas é muito importante que, sentindo qualquer sintoma, a pessoa busque o diagnóstico o mais rápido possível e se for positivo, faça o tratamento completo”.

No Brasil, a região Amazônica concentra mais de 99% dos casos de malária, mas os demais estados também possuem áreas com a presença do vetor (áreas receptivas para malária), onde podem ocorrer a reintrodução da malária e surtos a partir de um caso importado.

Após vários anos de queda do número de casos da doença, em 2017, o país apresentou um aumento de mais de 50% ao comparar com 2016. No ano de 2018, o aumento continuou, mas com os investimentos e apoio do MS, os estados e municípios já vem demonstrando sinais que, se houver sustentabilidade das ações, provavelmente em 2019 será o ano de retomada da redução dos casos da doença.

Da Redação com informações do NUCOM/SVS/MS

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