Por Delmo Menezes
O Ministro Ricardo Barros anunciou nesta quarta (11) que o Ministério da Saúde vai investir R$ 135 milhões, por ano, na compra de insulina análoga, para atender as crianças portadoras de diabetes do tipo 1. Fácil de aplicar (pela caneta injetora), com resposta rápida e com doses que podem ser adaptadas a situação do paciente, a insulina análoga é um dos mais modernos medicamentos para o tratamento da doença.
Durante o anúncio, Barros ressaltou que a medida é um avanço importante. “Iremos proporcionar a essas crianças maior conforto e uma melhor adaptação, além do fato de que estamos ampliando, em um médio prazo, para todos os pacientes com recomendação desde medicamento. Isso se dá pela nossa capacidade de negociação de preço e de escala. É esse modelo que nos permite avançar cada vez mais na qualidade de atendimento em saúde dessas crianças”, afirmou Ricardo Barros. Segundo o ministro, a expectativa é de que o medicamento esteja disponível no Sistema Único de Saúde – SUS já em 2018.
Questionado pelo portal Agenda Capital sobre a informação de que o MS adquire a insulina a 10 reais, mas paga quase o triplo do valor (27 reais) para o programa Farmácia Popular, o ministro disse que o MS está trabalhando para estender a rede própria de farmácia, através dos estados e municípios. “No Brasil existem mais de 1500 municípios que não tem farmácia da rede pública, e dependem do programa Farmácia Popular”, afirmou o titular da pasta.
De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, do Ministério da Saúde, Marco Fireman, “com essa nova insulina, estamos quase dobrando o investimento para tratar essa doença, que atinge parte da nossa população, em especial as crianças. Com essas atitudes de maior efetividade, estamos conseguindo ampliar o acesso com mais qualidade ao oferecer o melhor tratamento a essas crianças”, ressaltou.
O diretor do departamento de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do MS, Renato Teixeira, fez uma ampla exposição dos benefícios da Insulina que será ofertada as crianças a partir dos dos próximos meses.
O novo tratamento será ofertado, prioritariamente, às crianças e adolescentes, já que o diabetes tipo 1 apresenta o seu pico entre 10 a 14 anos. A demanda representa 10% do total de crianças com diabetes no país, que são 1 milhão. No entanto, pacientes adultos, com este tipo da doença, também poderão ter acesso ao medicamento, desde que tenham indicação médica.
Da Redação do Agenda Capital
