Entenda a importância e o poder feminino no universo das finanças

Por Marcio Placedino

Não é novidade para ninguém que hoje em dia as mulheres estão conquistando tudo que almejam. Nesse sentido, a população feminina está se tornando cada dia mais participativa também no que tange à movimentação econômica mundial.

Seja em cargos de diretoria em multinacionais ou abrindo o próprio negócio, as mulheres estão ganhando cada vez mais reconhecimento por sua excelência. E elas estão se enveredando gradualmente por espaços antes dominados por homens.

Prova disso é que, entre os anos de 2004 e 2014, houve um aumento de 67% na quantidade de lares chefiados por mulheres aqui no Brasil. Quebrando antigos paradigmas sociais, o que estamos vendo é um movimento de maior participação feminina no mercado financeiro e do trabalho.

Liderança corporativa

Atualmente, a presença da força de trabalho feminina no mercado se evidencia também nos cargos de liderança. Apesar da desigualdade ainda ser uma realidade no mundo corporativo, a cada ano elas conquistam mais postos de chefia.

A situação no Brasil ainda é de grande disparidade. De acordo com a pesquisa “Women in Business 2016” da Grant Thornton, 52% das empresas do país ainda não possuem mulheres ocupando cargos sênior de liderança.

Entre os países com os melhores desempenhos, a Rússia figura em primeiro lugar com 45% de mulheres ocupando altos cargos corporativos. Os componentes do G7, por outro lado, não foram tão bem colocados.

Apesar da breve melhora em 2016 em relação a 2012, quando saíram de 18% para 22% de participação feminina no alto escalão empresarial, esses países têm quase 40% de empresas sem a presença de mulheres na chefia.

No estudo, que contou com a participação de mais de 5 mil pessoas de 36 países, muitas mulheres apontaram que sentem falta de modelos dentro do ambiente de trabalho que estimulem a liderança feminina.

O levantamento sugere, então, possíveis ações que podem ajudar a reverter esse quadro, como investir em programas de aconselhamento para encorajar o desenvolvimento de líderes femininas.

Uma possibilidade que a pesquisa também sugeriu neste sentido foi a criação de cotas para alta liderança, iniciativa que já é bastante comum em países da Europa, como Noruega e Alemanha.

Outro aspecto que foi apontado como relevante é o estímulo e a naturalização da licença paternidade, uma vez que muitas mulheres sofrem pressão no ambiente de trabalho em relação à vontade de constituir uma família e, especialmente, durante a licença maternidade.

Empreendedorismo feminino

Dentre os diversos setores que as mulheres estão se destacando, a presença delas no empreendedorismo está sendo muito significativa. Muitas estão empreendendo de maneira informal para complementar a renda do lar, por exemplo. Outra tendência é fazer a opção de abrir o próprio negócio para ter mais autonomia, tanto no lado profissional quanto na vida pessoal.

Segundo dados levantados pelo estudo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizado no Brasil pelo Sebrae, o número de mulheres que abriu um negócio por oportunidade subiu de 38% para 69% de 2002 a 2008.

O empreendedorismo por oportunidade significa a abertura de novos negócios a partir da identificação de uma necessidade de mercado. Entre os empreendedores mais recentes, isto é, aqueles que possuem negócios que se iniciaram há no máximo 3,5 anos, as mulheres são maioria em cinco das quatro regiões do país.

Os dados também são animadores quando se leva em consideração o total de empreendedores. Na comparação com o público masculino, as mulheres são mais escolarizadas, já que apenas 29% delas não concluíram o primeiro grau, e mais jovens, uma vez que são mais de 40% das empreendedoras com até 34 anos.

No que refere ao empreendedorismo, as mulheres possuem outra vantagem: a cautela. Isso porque, de acordo com pesquisa feita pelo Instituto Endeavor, elas costumam empreender em setores que já atuam ou possuem algum tipo de conhecimento prévio – como experiência profissional ou formação acadêmica.

Os homens, em contrapartida, preferem setores convencionais e se arriscam mais na hora de propor produtos ou serviços inovadores. As mulheres, por outro lado, buscam inovação no processo de produção, seja em novas abordagens de marketing ou em mudanças arrojadas no departamento pessoal.

Investimentos em alta

Além de buscarem mais oportunidades profissionais de liderança e se tornarem empreendedoras de sucesso, elas também estão explorando o Mercado Financeiro. A participação feminina na Bolsa de Valores brasileira aumentou consideravelmente nos últimos anos, segundo informações da BM&F Bovespa.

Entre 2002 e 2016, o número de investidoras operando na Bovespa cresceu mais de oito vezes. O total de pessoas cadastradas na Bolsa brasileira subiu de 85 mil para mais de 560 mil no mesmo período. Hoje em dia, são mais de 130 mil mulheres inscritas para investir em ações no país.

O Tesouro Direto também é uma modalidade financeira que caiu no gosto das mulheres. Em janeiro de 2016, o total de pessoas inscritas no programa do governo federal era de aproximadamente 650 mil. Doze meses depois, esse número quase dobrou, ultrapassando a marca de 1 milhão de investidores.

Nesse período, a proporção de mulheres também aumentou significativamente. Se em 2016 elas eram menos de 150 mil, agora em 2017 são cerca de 300 mil mulheres investindo em títulos públicos federais.

A facilidade de acesso à informação qualificada sobre investimentos e a necessidade de encontrar investimentos mais rentáveis devido ao período economicamente desafiador, são alguns dos fatores que podem ter contribuído para esse progresso das mulheres em relação às finanças.

Além disso, o empoderamento feminino enquanto tema central de discussões ao redor do mundo também colaborou para que elas se tornem ainda mais confiantes para explorar novos horizontes.

Cada dia mais, lugares que antes eram majoritariamente masculinos estão sendo conquistados pelas mulheres. Se conhecemos um passado recente de grandes disparidades, inclusive no que tange direitos básicos, hoje elas atuam e são destaque em todos os setores da sociedade.

Creio que já ficou evidente a relevância das mulheres em diversos setores. Então, que tal checar um conteúdo completo sobre a importância da participação feminina no Mercado Financeiro? Veja o infográfico “Mulheres gostam de dinheiro e sabem cuidar muito bem dele”!

Da Redação com informações do portal Administrador

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