Loja da "corrupção" no aeroporto de Brasília. Foto: Reprodução.

Loja fictícia é parte de uma ação para divulgar a série ‘O mecanismo’, que é inspirada na Operação Lava-Jato

Por Redação

Lançada na última sexta-feira (23/3), a série O mecanismo tem provocado polêmica. Inspirada na Operação Lava-Jato e dirigida pelo brasileiro José Padilha, a nova aposta da Netflix foi alvo de críticas da ex-presidente Dilma Rousseff. Nesta segunda-feira (26/3), a obra ganhou mais um capítulo fora das telas. É que, para divulgar a produção, a Netflix construiu uma “loja da corrupção” no aeroporto de Brasília.

Entre os itens que podem ser encontrados na loja fictícia estão uma cueca doleira, o livro “Delação premiada para leigos” e capinhas decorativas para tornozeleiras eletrônicas. De acordo com a Inframérica — consórcio que administra o aeroporto — o stand publicitário foi instalado na área do desembarque doméstico do terminal.

Loja da “corrupção” no aeroporto de Brasília. Foto: Reprodução.

Esta não é a primeira ação da Netflix para divulgar a série. No começo do mês, quem passou pela ponte Honestino Guimarães (SCES Tr. 2), nos últimos dias, se deparou com um enorme outdoor batizado de “corruptômetro”.

Críticas da ex-presidente Dilma Rousseff

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta segunda-feira (26) que a Netflix está sendo usada para fazer campanha política ao disponibilizar a série “O Mecanismo”, de José Padilha. Ela declarou que pretende alertar lideranças políticas de outros países sobre o caso.

Dilma disse crer que a direção do serviço não tem conhecimento sobre o impacto político da série, lançada esta semana.

Petistas têm criticado o fato de a produção ter incluído cenas inverídicas que prejudicam o partido —como incluir a expressão “com Supremo, com tudo” numa fala do personagem análogo ao ex-presidente Lula. Padilha diz que a série é uma ficção, embora seja baseada em fatos reais.

“Netflix não pode fazer campanha política. Vou falar para as lideranças políticas que eu encontrar. ‘Se está fazendo aqui, fará em seu país.’ Acho importante que a gestão do Netflix perceba bem o que está fazendo. Não sei se sabe. O cineasta talvez saiba, mas a direção do Netflix não está sabendo onde se meteu. E acho muito grave para ela. Não vejo porque uma estrutura como aquela dar margem para isso”, disse Dilma.

Da Redação com informações do Correio/Folha

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