O presidente em exercício Michel Temer, tem mais um “abacaxi” para descascar em relação ao líder do governo na Câmara. Como se sabe, o candidato preferido de Temer era o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), filho do ex- prefeito do Rio, César Maia.

Segundo interlocutores próximos ao presidente, houve muita pressão por parte dos aliados de Cunha (PMDB-RJ), para que o nome de Rodrigo Maia fosse vetado, e em seu lugar o escolhido fosse André Moura (PSC-SE).

Moura, é réu em três ações penais no Supremo Tribunal Federal, sob acusação de desvio de dinheiro público e outros três inquéritos por suposta participação em tentativa de homicídio e no esquema da Petrobrás (Lava-Jato).

Apesar de Moura ter negado que sua indicação tenha influência de Cunha, fontes palacianas afirmam, que neste momento em que o presidente necessita muito do apoio da Câmara para votar matérias de interesse do Planalto, a escolha de Moura será importante, para apaziguar os ânimos do chamado “centrão” (PMDB, PR, PHS, PSL, PP, SD, PSD, PTB, PTN, PEN, PRB, PSC E PROS), que é maioria na Casa.

Em entrevista realizada nesta quarta-feira (18), já falando como líder do governo na Câmara, Moura disse que recebeu o convite de Michel Temer para assumir o cargo na noite de terça-feira (17), no Palácio do Planalto. Estavam presentes os líderes do PSD, Rogério Rosso (DF), do PTB, Jovair Arantes (GO), do PP, Aguinaldo Ribeiro (PB), e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.

O deputado André Moura também comentou o embaraço da permanência de Waldir Maranhão (PP-MA) na presidência da Câmara, que tem sido alvo de muitas críticas da base aliada e pode dificultar as votações. Segundo Moura, “Houve uma tentativa de solucionar, de buscar uma solução na semana passada, não do governo, mas de vários partidos, e não foi possível”, afirmou.

Moura disse ainda, que “Maranhão não deixou dúvidas de que não aceita renunciar ou se afastar, então temos que trabalhar com o que é possível, e isso é ajudá-lo a conduzir o plenário, assim como o ajudamos hoje a conduzir a reunião do colégio de líderes. O Parlamento precisa dar uma resposta positiva à sociedade”, finalizou o deputado.

Da Redação do Agenda Capital

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