Novos vazamentos do conteúdo das delações dos executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht apontam cinco governadores de estado, um ministro, quatro senadores e cinco deputados, além de políticos que não têm foro privilegiado

O governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), aparece ao lado de outros quatro: Beto Richa (PSDB), do Paraná, Tião Viana (PT), do Acre, Luiz Fernando Pezão (PMDB), do Rio de Janeiro, e Renan Filho (PMDB), de Alagoas. A nova lista foi divulgada na noite desta quarta-feira (15/3), pelo Jornal Nacional, e envolve 22 novos nomes que estariam relacionados nos pedidos de investigação que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal na terça-feira.

Além dos cinco ministros cujos nomes já haviam vazado na terça-feira, aparece, desta vez, o nome de Marcos Pereira (PRB-RJ), da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

Os senadores que engrossam a lista são Lindbergh Farias (PT-RJ), Jorge Viana (PT-AC), Marta Suplicy (PMDB-SP) e LÍdice da Mata (PSB-BA).

Na relação de deputados citados pelos delatores, estão agora José Carlos Aleluia (DEM-BA), Marco Maia (PT-RS), Andres Sanchez (PT-SP), Paes Landim (PTB-PI) e Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).

Sem foro privilegiado

Entre os novos nomes também há políticos e outras pessoas que não gozam de foro privilegiado, como o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB-SP); Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-ministro do governo Temer; o candidato derrotado a governador de São Paulo em 2014, Paulo Skaf (PMDB-SP); o x-tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff e atual prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT-SP) e Anderson Dornelles, ex-assessor direto da ex-presidente Dilma Rousseff. Além deles, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB-RJ), que se encontram presos atualmente.

Corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, fraude, formação de cartel e caixa 2 são exemplos de crimes a que se referem os pedidos de investigação enviados ao STF e que estão em fase de cadastro e protocolo, antes de chegarem ao gabinete do ministro Luiz Edson Fachin, que é o relator da Lava-Jato no Tribunal. O ministro não tem prazo para tomar decisão sobre a abertura de inquéritos ou sobre o fim do sigilo das delações.

Confira os nomes que já vazaram da lista do procurador Rodrigo Janot:

Ministros

Aloysio Nunes (Relações Exteriores)

Bruno Araújo (Cidades)

Eliseu Padilha (Casa Civil)

Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia)

Marco Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços)

Moreira Franco (Secretaria Geral)

Governadores

Beto Richa (PR)

Fernando Pimentel (MG)

Luiz Fernando Pezão (RJ)

Renan Filho (AL),

Tião Viana (AC)

Deputados

Andres Sanchez (PT-SP)

José Carlos Aleluia (DEM-BA)

Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA)

Marco Maia (PT-RS)

Paes Landim (PTB-PI)

Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara

Senadores

Aécio Neves (PSDB-MG)

Edison Lobão (PMDB-MA)

Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do Senado

Jorge Viana (PT-AC)

José Serra (PSDB-SP)

LÍdice da Mata (PSB-BA)

Lindbergh Farias (PT-RJ)

Marta Suplicy (PMDB-SP)

Renan Calheiros (PMDB-AL)

Romero Jucá (PMDB-RR)

Nomes que não possuem foro privilegiado:

Ex-presidentes da República

Dilma Rousseff (PT)

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Ex-ministros:

Antonio Palocci (PT)

Guido Mantega (PT)

Geddel Vieira Lima (PMDB-BA)

Ex-governador:

Sérgio Cabral (PMDB-RJ)

Ex-presidente da Câmara:

Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

Prefeitos

Duarte Nogueira (PSDB-SP), de Ribeirão Preto

Edinho Silva (PT-SP), de Araraquara

Ex-candidato a governador

Paulo Skaf (PMDB-SP)

 Ex-assessor da ex-presidente Dilma Rousseff

Anderson Dornelles

Da Redação com informações do Estadão

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