Emanuele Caroline

Desemprego crescente, inflação, juros altos, falência do sistema político e econômico, falta de credibilidade, corrupção desenfreada, processo de impeachment da presidente do Brasil, terrorismo e a vinda de refugiados de guerra e catástrofes. Todos esses fatores têm trazido pânico à população.

A crise tem sido uma das palavras mais pronunciadas nos últimos anos, não só pelos brasileiros, mas pelos cidadãos do mundo todo. A verdade é que se fizermos um balanço dos últimos anos, chegaremos à conclusão que o mundo vive um dos piores momentos de toda a história.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que o total de desempregados no mundo passará de 200 milhões em 2017, número jamais visto até então. Este ano, já são 199,4 milhões de pessoas desempregadas nos quatro cantos do mundo.

No Brasil são perto de 11 milhões de trabalhadores que foram demitidos. É o maior número de todos os tempos e as consequências do desemprego são terríveis. As famílias com alguém desempregado passam a consumir menos, o que diminui a receita das empresas e faz com que elas sejam obrigadas a demitir mais pessoas e aumentar o preço de venda, o que gera mais inflação.

O aumento da inflação tem o mesmo efeito bola de neve, pois diminui o poder de compra dos salários. Os aposentados não mais estão conseguindo sobreviver com o que ganham. Muitos continuam trabalhando para poder manter seu padrão de vida. Outros, depois de se aposentarem são obrigados a voltar a trabalhar para complementar renda. É muito fácil comprovar isso tudo. Basta olhar ao seu redor e ver quantas pessoas que você conhece que estão desempregadas ou subempregadas.

No comércio é cada vez maior o número de lojas fechadas. Se andarmos por qualquer rua da cidade perceberemos quantos imóveis estão com uma placa “Aluga-se”. Nesses locais já houve um dia um comércio ou escritório com um proprietário e vários empregados, mas que teve que fechar, pois não sobreviveu à crise.

Diante de tantos obstáculos e medos, até a fé de muitos começa a balançar, contudo diante de tantas aflições e medos qual o papel da Igreja e dos cristãos? O que podemos fazer para tornar o mundo um pouco melhor?

As escrituras sagradas nos dizem que devemos ser o sal da terra e a luz do mundo: Temos que testemunhar e impactar as pessoas dentro da nossa esfera de influência, levar esperança aos que carecem. Deus nos colocou como seu representante para levar os princípios, valores, amor e a presença dEle em todos os lugares. Essa é uma plataforma para o evangelismo, o discipulado e influência sobre os que estão a sua volta, abrindo espaço para comunicar a mensagem do Pai por meio de palavras e ações.

Levantar-se contra injustiças (não só as próprias, mas a de outros): fazer de conta que não está acontecendo nada ou ficar só murmurando não vai resolver problema algum, temos como cidadãos e cristãos que se posicionar e ser promotores de mudanças na sociedade. São ações como a disponibilização de empregos a refugiados, contratação ou compra de produtos/serviços de irmãos em Cristo, doação de roupas, alimentos, móveis e utensílios, apoio formal contra a corrupção, até mesmo participação em manifestações pacificas, na política, em associações de bairros, dentre outros programas apoiados pela Igreja.

Servir na obra de Cristo: a Igreja, por meio de seus tentáculos sociais e de missões pode alcançar muito mais pessoas necessitadas do que em iniciativas individuais. Apoiar a Igreja e servir com seus dons e talentos vai fazer a diferença na vida de muitas pessoas por todo o mundo. Se você não sabe no que servir, tenha certeza que Deus busca um coração disponível, a capacitação e o restante e vêm depois.

Glorificar a Deus em todo tempo: em todo o tempo (com crise ou sem crise) devemos conduzir nossa vida pessoal, nossos negócios e nossa profissão de acordo com os princípios bíblicos, sem concessões porque Deus examina nossa atitude e a nossa motivação e não apenas a ação em si. Temos que ter uma atitude de fé e não de inconformismo e desespero porque sabemos em que temos crido: “Mesmo não florescendo a figueira, não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação”. Habacuque 3:17,18.

“Porque Dele por Ele e para Ele, são todas as coisas” (Rm. 11:36)
Da Redação – Delmo Menezes

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

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