Temer havia sondado o jornalista e consultor político para ser o seu porta-voz, porém Oinegue não aceitou a missão, mas apresentou um conjunto de medidas, na comunicação do Governo

O jornalista e consultor político Eduardo Oinegue, não aceitou o cargo de porta-voz do presidente, mas disse disse em nota que apresentou um conjunto de medidas “complexo” e que acredita que o presidente deve analisar com calma as sugestões.

“Apresentei ao presidente um conjunto de medidas que, na minha visão, melhoram a eficiência da comunicação do governo. Por se tratar de um tema complexo, com implicações em diversas áreas da administração pública, o presidente precisa analisá-lo com calma”, escreveu o jornalista.

Oinegue disse ainda que em sua conversa com o presidente hoje pela manhã no Palácio o convite para que ele ocupasse o cargo de porta-voz foi “apenas um dos pontos do debate”.

Em nota divulgada pelo Planalto para esclarecer que Oinegue não havia aceitado o convite, o governo já havia informado que o presidente recebeu a proposta de plano estratégico para as várias áreas da comunicação. “O objetivo é colocar a comunicação no centro das decisões governamentais. Pelo plano, o porta-voz seria um diplomata, não Oinegue. O presidente vai estudar os outros pontos do plano”, diz a nota.

Na conversa, segundo apurou o Broadcast Político, os dois discutiram sobre o “escopo, natureza e objetivo da função” de porta-voz. A avaliação do Planalto é que o governo precisa afinar e concentrar o discurso para evitar ruídos e desgastes, que o obrigou a ter seguidos “recuos”. Fontes ouvidas pelo Broadcast Político, entretanto, afirmaram que pelo perfil de Oinegue, seu papel no governo teria que ser ainda mais extenso do que um simples porta-voz, já que ele é consultor político.

Sugestões. O projeto que foi entregue ao presidente, de acordo com interlocutores do Planalto, tem entre as sugestões alteração na agenda do presidente, incluindo mudança na construção de discursos. Também há ações voltadas para a integração da comunicação de diversas pastas, ponto considerado mais problemático pelo Planalto.

Uma das ideias oferecidas seria estipular uma espécie de “missão” para cada ministro. Eles não seriam proibidos de falar, pelo contrário, seriam estimulados, no entanto, apenas sobre temas pré-determinados. Com isso, o governo possivelmente evitaria que o ministro da Saúde, Ricardo Barros, considerado por aliados de Temer “reincidente em falar besteira”, falasse sobre outra área do governo, como fez ao dizer que achava difícil que a PEC do teto dos gastos seja aprovada este ano.

Outra sugestão que consta na proposta que será estudada por Temer é coordenar as ações de eventos, publicidade, assessoria, que manteriam suas estruturas atuais, mas integrariam suas ações.

Caso Temer aceite implementar o programa oferecido por Oinegue, há entre as sugestões a busca de um assessor direto somente para cuidar da montagem deste planejamento estratégico.

Da Redação com informações do Estadão

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