Operação Check List realizada na manhã desta sexta-feira (01/09), pela Polícia Civil do DF. Foto: Tv Globo

Esquema envolve principalmente cooperativas, diz investigação. Servidores investigados são da Secretaria de Mobilidade.

Por Redação

Polícia Civil e o Ministério Público do Distrito Federal fazem uma operação nesta sexta-feira 1º) para apurar a existência de uma organização criminosa envolvendo servidores públicos da Secretaria de Mobilidade por fraudar a vistoria de ônibus. Segundo as investigações, as irregularidades afetam principalmente cooperativas.

Ao todo, são cumpridos 14 mandados de prisão temporária e 16 de busca e apreensão. Também há dois mandados de condução coercitiva – quando a pessoa é levada a depor. A Secretaria de Mobilidade informou que a denúncia foi recebida na Ouvidoria da pasta e que logo foi encaminhada à polícia.

As apurações indicam que os funcionários do setor de fiscalização da secretaria estariam recebendo propina para deixar de vistoriar coletivos que não poderiam mais circular. A pasta se chama Subsecretaria de Fiscalização, Auditoria e Controle (Sufisa).

Batizada de “Check list”, a operação ocorre de forma simultânea em Planaltina, Samambaia, Park Way, Ceilândia, Vicente Pires, Paranoá e Recanto das Emas.

Segundo os investigadores, parte dos investigados pedia dinheiro para liberar o “selo de vistoria” a cooperativas que quisessem manter os automóveis rodando e livres de fiscalização. Na prática, o selo dizia que o veículo tinha perfeita condição de circular, mesmo sem ser o caso.

A cobrança de propina teria se tornado corriqueira no setor, apontam as denúncias. Nas vistorias, são analisados pontos como eixo, motor, pneu, óleo, pintura, catracas, elevadores e validadores.

Os alvos são Willians Fonseca, Willian Ney Rosa, Edson Sousa de Oliveira e Carlos Pereira Rosa. Presidentes de cooperativas e o cabo eleitoral Valdir Luiz França são apontados como “corruptores”. França é explorador de transporte clandestino em Planaltina. A reportagem não localizou a defesa deles.

A operação é realizada pela 2ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e pela Coordenação de Repressão a Crimes contra Fraude (Corf), da Polícia Civil. A Justiça acatou pedido da Corf e da Prodep de busca e apreensão nos endereços dos investigados para recolher aparelhos celulares, dinheiro em espécie, documentos e carros, especialmente uma caminhonete modelo GM, ano 2001, que teria usada como pagamento de propina. A Polícia ainda procura uma arma de fogo que estaria em poder de Valdirzão.

Da Redação com informações do G1

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