A ação do MPDFT e da Polícia Civil investiga grupo suspeito de fraudar horas extras para incrementar os ganhos. Há médicos, servidores e até um professor entre os conduzidos

Policiais civis fazem busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (15/3) no Hospital de Base e na Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), na Asa Norte. Servidores e médicos estão sendo conduzidos de forma coercitiva para prestar esclarecimentos. Os investigadores apuram fraude na folha de pagamentos da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

Segundo informações preliminares, foram expedidos cerca de dez mandados de condução coercitiva contra médicos e servidores da área, especialmente no Hospital de Base de Brasília. Entre os conduzidos estariam médicos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e até um professor. O grupo é suspeito de fraudar as horas extras.

Os policiais apreenderam nove computadores e aproximadamente 15 caixas de documentos. Duas mulheres saíram do Hospital de Base escoltadas por policiais. A investigação é feita pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio da Promotoria de Defesa da Saúde com o apoio da Polícia Civil.

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Foto: Breno Forte / CB

Folhas de ponto fraudadas

Em outubro do ano passado a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra Administração Pública (Decap) apurou o envolvimento de servidores da Secretaria de Saúde do DF no sumiço de dados do Sistema Forponto. A plataforma registra a presença dos servidores, contabiliza as horas trabalhadas, mede as horas extras, entre outras informações. O histórico da plataforma teria sido apagado por uma retaliação de servidores, que passaram a ter as faltas injustificadas descontadas da folha de pagamento.

Segundo os investigadores, registros de ponto funcional das unidades (hospitais, centros de saúde e prédios da administração central), tanto os automáticos – como horas trabalhadas, descanso semanal, falta injustificada, entre outros – quanto os lançados manualmente pelas chefias imediatas, foram excluídos do sistema.

Em depoimento, uma servidora relatou que uma mudança no modo de descontos na folha de pagamento gerou um dissabor entre os servidores. Ao todo, são cerca de 32 mil servidores na Secretaria de Saúde.

Da Redação com informações do Correio

1 COMENTÁRIO

  1. Realmente essas situações têm que ser investigadas, mas o que me deixa imensamente intrigado é que isso acontece bem na hora em que o nosso governador propõe uma reformulação no formato do Hospital de Base de Brasília, e nesta questão ele tenta de toda forma desmerecer os servidores!
    Cadê a CPI da saúde, que fim levou?
    Cadê as denuncias feitas contra o governador, já foram devidamente investigadas!
    —————-
    Que todo e qualquer corrupto seja investigado e pague por suas falcatruas, até mesmo aqueles que têm muito dinheiro para manipular grandes veículos de comunicação, e costumam disfarças seus erros, apontado para outros lados!

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