Foto: Reprodução

Por Redação

O Sistema Único de Saúde (SUS), tal como foi desenhado na Constituição de 1988, prevê a atuação e a gestão compartilhada entre os três entes de governo: federal, estadual e municipal. A articulação entre as três esferas é fundamental para o seu bom funcionamento, pois sua organização é baseada nos princípios da regionalização e da hierarquização: “os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos e com definição e conhecimento da população a ser atendida”, de acordo com a definição do Ministério da Saúde. A regionalização, por sua vez, é entendida como um processo de articulação entre serviços que já existem e com o objetivo de unificar o seu comando.

Na prática, isso significa que os municípios são os responsáveis pela “porta de entrada” do sistema, que pode se dar através das unidades básicas de saúde (UBS) ou das equipes de Saúde da Família. Nas UBS, o atendimento é feito por clínicos, pediatras e ginecologistas. Esses profissionais são os responsáveis por encaminhar o paciente por dentro do sistema para os atendimentos necessários, seja de média ou de alta complexidade, em geral a cargo dos governos estaduais ou federais.

O SUS é, portanto, um complexo que não consegue funcionar corretamente se alguma de suas partes não se comunicar com a outra ou se alguma de suas conexões estiver obstruída.

Num cenário de pandemia global, que ainda parece longe de atingir seu ápice no Brasil, a articulação entre as três esferas de governo é fundamental para o bom atendimento da população e para garantir que os fluxos de pacientes dentro do sistema corram da melhor forma possível, para otimizar recursos e salvar vidas. Além disso, é importante comunicar com clareza para a população quais são os protocolos de atendimento e qual tipo de unidade de saúde deve ser procurada em cada situação, de modo que seja evitada as cenas tão recorrentes de emergências lotadas nos hospitais gerais que deveriam receber pacientes oriundos de outras partes do sistema.

Com informações do O Globo

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