Por Delmo Menezes
As recentes movimentações no tabuleiro político da capital, mostram o quanto o quadro está indefinido em relação as chapas majoritárias para o pleito de outubro no Distrito Federal.
O que parecia uma disputa tranquila ao Buriti, entre no máximo três grupos políticos, tende a se pulverizar, mudando totalmente o cenário que se apresentava até então.
A esquerda se esforça para lançar um nome em condições de competir, mas até o momento parece que estão “batendo cabeça”, sendo que os tradicionais candidatos como Geraldo Magela, Arlete Sampaio e Wasny de Roure, tendem a disputar uma vaga à Câmara Legislativa e ao Senado.
O pré-candidato Jofran Frejat (PR), que caminhava para uma eleição tranquila, começa a enfrentar desconforto com a disputa interna dentro do próprio grupo político para indicação do seu vice e os dois senadores.
De acordo com analistas políticos ouvidos pelo Agenda Capital, se não houver um destronamento de alguns caciques que ainda tentam impor “goela abaixo” a indicação de nomes para compor a chapa de Frejat, o atual governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que apesar da alta rejeição, não está morto politicamente, poderá chegar ao segundo turno, disputando com a chapa encabeçada por Alírio ou Izalci, considerado por muitos, uma composição de peso.
Segundo estes analistas, o pré-candidato Jofran Frejat, apesar de liderar em todas as pesquisas, terá que enfrentar os caciques do PR e aliados, para definir os nomes considerados “fichas limpas”, para o fechamento da chapa majoritária.
Informações de bastidores dão conta, que alguns nomes do segmento evangélico (que responde por parcela significativa de eleitores), não enfrentam nenhum tipo de rejeição e que poderia definir uma eleição, têm chegado aos ouvidos do ex-secretário de saúde.
Enquanto isso, Rollemberg está com o discurso pronto para a campanha. Ele dirá que: assumiu o DF como uma terra arrasada e conseguiu equilibrar as contas públicas; que os salários dos servidores públicos estão em dia, enquanto na maioria dos estados estão atrasados; que o seu governo não responde por nenhum ato de corrupção; Rollemberg dirá também que conseguiu controlar a crise hídrica, tomando medidas emergenciais, a médio e a longo prazo; que no próximo mandato terá condições de investir na saúde, educação e segurança e que o seu governo é “ficha limpa”.
Resta saber se Frejat terá autonomia para indicar o seu vice ou entregará a eleição para seus opositores. Só o tempo dirá! Enquanto isso, Rollemberg assiste a tudo de camarote.
O que se vê na prática, é que há “muito cacique para pouco índio”.
Da Redação do Agenda Capital
Alírio não é ficha limpa. Está condenado. E vai aparecer um dossiê que vai acabar com sua candidatura. Tá na mão. Aguardem.