Eraldo Peres/AP Diego, Cristiano Mariz /VEJA, Padgurschi/Folhapress, Ailton de Freitas / Agência O Globo

Por Raimundo Feitosa*

UFA! Finalmente a corrida presidencial começa a tomar um rumo. É cansativa essa mistura de vitimismo com cara-de-pau de gente que quer que os argumentos se sobreponham aos fatos.

O condenado Lula caiu, o Dória saiu (para o governo de SP), o Huck desistiu (da brincadeira) e o Álvaro surgiu no cenário (já lidera no Paraná).

Fora isso não mudou muita coisa. O Bolsomito ainda é um mito (eu disse ainda), o Rodrigo ainda quer ser candidato, o Meirelles ainda está no páreo e o Michel ainda não se definiu.

Nesse meio de campo “embolado”, numa época em que político ficha limpa é raridade, uma pergunta não quer calar:

De quem é a culpa da indefinição do cenário político atual?

Por falta de resposta, sou forçado a formular um questionário.

Seria medo de mostrar a cara e levar tomatadas ou ovadas? (o Rodrigo do DF que o diga).

Seria a fogueira de vaidades que infla os egos de gente que pensa que pode ser sem poder?

Seria a ganância dos partidos políticos querendo se aproveitar do momento para arrastar o espólio dos políticos de renome que não querem (como o tiririca) ou que não podem (como o Lula) disputar o voto popular?

Ou seria simplesmente falta de opção?

Vejo com simpatia e certa empolgação o surgimento do senador Álvaro Dias (Podemos) pelo Paraná. Já há algum tempo (nem tanto) minha pequena (quase nenhuma) visão política, me fez perceber que do Paraná pode vir alguém capaz de surpreender nessa corrida (já disse isso em outro artigo).

Quem votaria em um professor, homem público competente e ficha limpa?

Não falo de cor partidária ou de paixões políticas. Falo apenas de um cenário politico mutante que pode ser desenhado com a possibilidade de termos um presidente com estas características.

Sei que ser professor e ter ficha limpa não basta para ser presidente do Brasil. Mas falo de um paulista que reside no Paraná e no seu currículo político consta que foi vereador, deputado estadual, deputado federal por dois mandatos, senador, governador do Paraná e senador por mais três mandatos seguidos.

Para mim, o resumo da ópera é:

Com uma ficha dessas, se o homem for bom de palanque e de debate ele “vai pras cabeças”. Desculpe repetir o que já disse em outro artigo, mas ninguém se assuste se Álvaro Dias for o próximo presidente da Republica do Brasil.

*Raimundo Feitosa – Jornalista, Teólogo e Escritor. Colunista do Agenda Capital

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