Por Raimundo Ribeiro*
Atordoado como todos, fico à frente da TV observando as inúmeras e, as vezes contraditórias notícias acerca dessa praga que ninguém ainda sabe a que veio (Covid-19).
Nesse cenário, vejo médicos, enfermeiros, técnicos, policiais, bombeiros, professores, administrativos, garis, coveiros, frentistas, cuidadoras e outros profissionais trabalhando para que as coisas não parem de funcionar. Claramente penso que o trabalho dessas pessoas não tem preço, mas valor. Valor imensurável que só pode ser medido por quem possui uma característica que é a gratidão.
À falta de algo que possa expressar esse sentimento, me pergunto se não seria importante reconhecer essa missão que estão desempenhando, mesmo sabendo que o que fazem não tem preço, mas valor, instituindo uma remuneração em dobro, em caráter temporário?
Brasília já teve essa experiência, com outra motivação, lá nas origens, os mais experientes certamente se lembram, que era a famosa dobradinha. Se não paga o risco que estão sujeitos, pelo menos demonstra o reconhecimento público aos anônimos heróis da resistência que se expõem ao perigo para nos proteger. Que Deus, na sua infinita misericórdia equipe seus soldados com escudos da fé e da coragem.
*Raimundo Ribeiro –Advogado- OAB/DF nº 3.971; Ex-secretário de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do DF; Ex-deputado distrital. Colunista do Agenda Capital.
(As opiniões dos nossos colunistas não refletem necessariamente a linha editorial do Agenda Capital)
