Jair Bolsonaro, candidato a Presidência da República. Foto: Reprodução

Por Raimundo Feitosa*

A facada em Jair Bolsonaro rendeu (e ainda vai render) muitos comentários.

Uma facada na democracia! (meu favorito)

Um ato de desespero da esquerda!

Uma mostra da violência no Brasil!

Ato isolado de um “lobo solitário” (definição poética) que extravasou sua indignação, supostamente por ordem “divina” (palhaçada), e também supostamente, teve seus advogados bancados por uma igreja, que desmentiu tudo em nota à imprensa.

Está claro que não se trata de um maluco, nem de um fanático religioso e, até que se prove ao contrário, também não é um “lobo solitário”. Mas a PF certamente fará seu trabalho e esclarecerá os fatos.

Não se trata de esquerda ou direita, nem é somente a democracia. A facada em Bolsonaro atingiu a esperança de um povo que vem recebendo “cusparada” desde muito. Acho que pensam que a gente não sente vergonha quando vê na televisão os relatos dessa corrupção nojenta e asquerosa que nos rouba, mais que dinheiro, a dignidade.

Viver no Brasil é como entrar numa arena para encarar leões famintos. O brasileiro encara leões quando sai à procura de emprego, ou quando sai para o trabalho sem saber se consegue voltar em paz. Quando enfrenta nas filas dos hospitais sucateados, onde a nossa gente morre à míngua, e, mesmo que possa pagar um plano de saúde, tem que enfrentar os leões que cobram “os olhos da cara” para oferecer um atendimento  “meia-boca”.

Os leões estão nas gôndolas do mercado, nas bombas de combustíveis, nas catracas do péssimo transporte público, ou das universidades particulares, que afloram no País pela ausência do estado na educação de seus filhos.

O leão da violência já é rotineiro. Bala perdida, bala direcionada, roubo, assalto, arrastão, tiroteio, confronto, explosão de caixas e carros fortes, são palavras corriqueiras. E, como desgraça pouca é bobagem, uma vez por ano soltam O LEÃO! (em caixa alta porque este é o rei). O leão do imposto de renda que, com todo o aparato estatal, consegue pegar na malha fina os trabalhadores que deixam de declarar centavos (pena que a mesma estrutura não pegue, nem na malha grossa, os ratos do poder).

E quando surge um fio de esperança, querem abater à faca.

A facada doeu em mim. Sou brasileiro e Bolsonaro é minha voz. Pode não ser meu mito, pode não ser meu voto, mas é minha voz.

Volta capitão!

Volta para ganhar! Se não ganhares a cadeira de presidente da republica Federativa do Brasil, mesmo assim ganharás a luta contra os que pensam poder calar a voz da esperança de um povo.

É como penso.

*Raimundo Feitosa – Jornalista, escritor, teólogo e colunista do Agenda Capital

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