Osnei Okumoto, presidente do Hemocentro de Brasília.. Foto: Jossie Medcalf

Responsável por uma das principais pastas do governo, Osnei Okumoto terá como desafio os inúmeros problemas da rede pública da capital

Por Isadora Teixeira e Caio Barbieri

Anunciado pelo governador eleito Ibaneis Rocha (MDB) como próximo secretário de Saúde, Osnei Okumoto defendeu um novo formato na rede pública do Distrito Federal. A partir de um estudo detalhado feito pela equipe de transição, o futuro titular da pasta pretende regionalizar o sistema. “O que a gente precisa ver é a geografia do DF, que tem características diferentes e, assim, necessariamente modelos distintos”, disse.

Em entrevista ao Metrópoles nesta terça-feira (4/12), o farmacêutico não descartou a contratação de servidores, mas apenas depois da implantação do novo modelo. “Precisamos saber primeiro se faltarão profissionais. O imediato é dar condições aos atuais servidores e garantir um bom ambiente de trabalho, que resultará na satisfação do paciente.”

A principal bandeira do próximo gestor local é o monitoramento contínuo das compras para evitar o desabastecimento da rede. “Vamos montar um sistema de controle para fazer aquisição de todos os tipos de insumos, com transparência em tudo”, frisou.

Metrópoles entrevista futuro secretário de Saúde, Osnei Okumoto

Posted by Metrópoles on Tuesday, December 4, 2018

Para Okumoto, a mudança vai gerar impacto positivo logo no início da gestão. “Não dá para chegarmos em dezembro e nos avisarem que a partir de janeiro não terá mais aquele remédio. Isso não existe. Precisamos levantar toda a situação e, com esse controle, evitar essa situação.”

Valorização do servidor

O sistema pretendido por ele será gerido por um núcleo qualificado que irá levantará as informações e dar maior transparência à pasta. “Vamos montar uma equipe técnica e trabalhar para impedir interferências externas. A gente precisa ter o melhor, mas ter o cuidado de que não paguemos caro demais pelo que contratamos”, afirmou.

Com tom apaziguador com relação aos funcionários públicos, Okumoto defendeu a valorização do quadro. “Os servidores precisam ter condições de trabalho. Temos que trabalhar e criar um ambiente que todos possam se sentir bem dentro das unidades, o que resultará diretamente no paciente.”

O próximo secretário de Saúde afirmou também que pretende criar um núcleo técnico específico para tratar de recursos de orçamento vindos da União. A ideia é evitar a devolução de verbas por erros processuais e perdas de prazo. “Temos um quadro de excelentes profissionais. Queremos, dentro do possível, colocá-los onde realmente tenham motivação de trabalho”, defendeu.

Carreira

Servidor de carreira do estado de Mato Grosso do Sul, Okumoto ocupa, atualmente, o cargo de secretário de Vigilância em Saúde do governo federal.  Ele terá como desafio os percalços que tornam a saúde pública da capital da República motivo de queixa constante da população. Além do perfil técnico, contribuiu para a indicação dele o fato de ser ligado ao futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM).

Formado em farmácia bioquímica pela Universidade Estadual de Maringá, Okumoto tem pós-graduação em gestão de hemocentros e metodologia e técnicas de ensino.

Em Mato Grosso do Sul, foi chefe da divisão médica do Centro de Hematologia e Hemoterapia, presidente da Fundação de Serviços de Saúde e presidente do Conselho Regional de Farmácia. No Ministério da Saúde, ele também foi coordenador-geral de Laboratórios de Saúde Pública.

Da Redação com informações do Metrópoles

1 COMENTÁRIO

  1. São execelentes serviços complementares.
    O problema são alguns gestores que não sabem trabalhar em rede e nao querem coresponsabilizacão na suas ações e não estão interessados no coletivo.O que deu certo é do estado o errado é do Governo Federal. Temos a melhor rede de urgência e emergência de todos os tempos nesse pais. O que falta é midia positiva parceria entre os entes federados e comprometimento dos atores que tem a responsabilidade de fazer a politica de Saúde acontecer como garantia de direito. Outro capítulo especial nesse contexto são os servidores que não resta dúvida são comprometidos, mas estão abandonados a própria sorte. Com muito discursos de defesa, mas ações nenhuma efetiva. Finalmente parece que vamos ter política de saúde de estado no DF.

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