Audiência pública promovida pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara na manhã da terça-feira (19/11). Foto: Alexandre Motta

A exploração sexual infantil movimenta em todo o mundo cerca de R$ 20 bilhões de dólares, afirmou a deputada federal Paula Belmonte

Por Redação

A deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF) reuniu promotores, representantes do Poder Executivo e de entidades da sociedade civil para discutir ações mais duras contra o abuso sexual de crianças e adolescentes. Para ela, é preciso tomar medidas mais efetivas contra pedófilos e aqueles que lucram com a exploração de menores de idade.

“A prevenção e o combate à pedofilia e ao abuso sexual contra crianças” foi o tema de audiência pública promovida pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara na manhã da terça-feira (19/11). Paula Belmonte, que comandou a reunião, lamentou que em pleno século XXI “ainda estejamos falando de um crime tão bárbaro”. 

Segundo a parlamentar, o debate trouxe a responsabilidade sobre o problema para a Câmara dos Deputados “para que a gente possa realmente combater o crime e principalmente guarnecer nossas crianças para que sejam simplesmente crianças e que tenham o direito constitucional à vida em toda sua plenitude”. De acordo com a deputada, a exploração sexual infantil movimenta em todo o mundo cerca de R$ 20 bilhões de dólares. “É um valor muito alto para que fechemos os olhos. Temos que combater esse tipo de movimento.”

O advento da internet é um marco na questão da pedofilia e abuso sexual contra crianças porque com ela surgiram “subterrâneos” de difícil acesso, conforme classificou Paula Belmonte. A deputada está convencida de que cabe ao Parlamento melhorar as leis que tratam desses crimes contra a infância e aos pais e responsáveis manterem os pequenos em lugares seguros, sem deixar que eles acessem, no mundo virtual, lugares que não são seguros. “É preciso estar sempre vigilante”.

O diretor de Enfrentamento de Violações aos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, Clayton da Silva Bezerra, foi um dos convidados para a audiência púbica. Ele disse que apenas 10% dos casos de abuso sexual contra crianças chegam ao conhecimento da polícia. Isso porque, conforme explicou, a maioria das ocorrências se dá dentro de casa e envolvem membros da família. Quando vítimas de crimes sexuais, as crianças estão sendo abusadas ou ameaçadas, afirmou.

Leonardo Tochetto Pauperio, juiz federal e presidente da Associação de Juízes da 1ª Região, defendeu que o fortalecimento da família é a melhor forma de prevenir e combater abusos sexuais contra crianças. “Uma criança desamparada está mais suscetível de sofrer violência de qualquer tipo”, explicou. Para o juiz, as crianças precisam de famílias mais estruturadas, pais vigilantes e mais próximos, presentes. “Acompanhar o que os filhos estão consumindo, principalmente na internet, reduz enormemente” os crimes contra os pequeninos.

Com informações da Assessoria

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