Por Redação*

Com a participação de ativistas pelos direitos das crianças, a deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF) promoveu uma live sobre o abuso sexual. A conversa de quase duas horas foi transmitida por Youtube e Facebook e serviu de lembrete para o dia 18 de maio, o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.

Paula Belmonte alertou para as violações de direitos que a pandemia do covid-19 impôs a muitas crianças. Para ela, nenhum cidadão deve ser deixado para trás. “Quando falamos de criança e adolescente, estamos falando de todos, do mais rico ao mais pobre. Não podemos deixar de observar que, em lugares mais vulneráveis, as crianças passam por situações inimagináveis. E agora, com a pandemia, ainda mais”, disse.

Assista na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=plUn7Uc8mFA

A promotora de Justiça Luísa de Marillac, da Promotoria de Defesa da Infância e Juventude, acredita que, com os espaços de convivência fechados, é preciso dar mais destaque às campanhas educativas. “A escola é um ator estratégico para crianças e adolescentes. Logo depois do 18 de maio as denúncias aumentam e geralmente chegam por conta da escola. Com o ensino paralisado, precisamos ser muito criativos para encontrar formas de inserir a conscientização entre as famílias”, afirmou.

A advogada Raquel Fuzaro, integrante da Rede Brasileira de Infância e Consumo (Rebrinc), reforçou a importância do ambiente escolar e defendeu que mais programas de assistência fossem proporcionadas às crianças carentes. “A covid-19 aumentou a presença das crianças em casa. O fechamento das escolas foi acertado, mas, com ele, precisam vir outras ações. Afinal, a escola é um local onde se tem convívio social e refeições para muitos alunos de baixa renda”, complementou.

A presença do Estado nas comunidades carentes foi citada por Karina Figueiredo,presidente do Comitê Nacional de Enfrentamento ao Abuso e Violência Sexual de Criança e Adolescente. Em 2020, o Estatuto da Criança e do Adolescente completará 30 anos e trouxe conquistas importantes, como o Conselho Tutelar. “Agora, mais do que nunca, precisamos dos conselhos presentes nas comunidades. Há 20 anos, o abuso sexual de crianças era um tema muito velado, mas de lá para cá, esse pessoas começaram a entender que é, sim, um crime e precisa ser denunciado”, relembrou.

*Com informações da Assessoria

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