Fontes da companhia informaram que o diesel deve ser reajustado entre 12% e 14%
Por Redação
A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (17) um novo aumento no preço dos combustíveis. A partir do dia 18 de junho, a gasolina terá variação de R$ 0,15 por litro, enquanto o diesel terá variação de R$ 0,63 por litro.
Com o reajuste, o preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro (alta de 5,18%). Para o diesel, preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro (alta de 14,25%).
O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a Petrobras em uma publicação no Twitter nesta sexta-feira (17), em meio à expectativa de que a estatal anuncie novos reajustes no preço do diesel.
“A Petrobras pode mergulhar o Brasil num caos”, afirmou o presidente, destacando que o governo federal, enquanto acionista majoritário da empresa, é contra qualquer aumento nos preços dos combustíveis.
Segundo Bolsonaro, a posição está ligada não apenas ao “exagerado lucro” da empresa em meio a uma crise econômica mundial, mas também devido ao “interesse público” previsto na Lei das Estatais.
“Seus presidente, diretores e conselheiros bem sabem do que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018, e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo”, ressaltou.
Durante a reunião, os conselheiros ligados ao governo tentaram convencer a empresa a segurar o aumento. Só que a diretoria relatou o teor das conversas realizadas com o governo nos últimos dias, quando a equipe do presidente Jair Bolsonaro não aceitou conceder um subsídio para a estatal e para importadores privados trazerem o diesel mais caro no exterior e vendê-lo no Brasil com um valor mais baixo.
A defasagem atual do diesel aferida pela Associação Brasileira dos Importadores é de 18%, ou R$ 1,08 por litro. O cenário foi tema de uma reunião extraordinária do Conselho de Administração da Petrobras na quinta-feira (16).
Apesar da resistência de alguns conselheiros, o órgão autorizou um reajuste no diesel. Conselheiros apontaram que foram apresentadas informações sobre a necessidade de aumentar o preço e relatórios atualizados sobre o risco de desabastecimento do diesel caso não ocorra um reajuste.
O Brasil depende de importações do combustível para atender à demanda, e portanto não pode ter uma defasagem grande com os preços no mercado internacional.
Justificativa
Na nota em que anuncia o reajuste, a Petrobras afirma que o mercado global de energia está atualmente em “situação desafiadora”, por conta da recuperação da economia mundial e a guerra na Ucrânia.
A estatal aponta, ainda, que “é sensível ao momento em que o Brasil e o mundo estão enfrentando e compreende os reflexos que os preços dos combustíveis têm na vida dos cidadãos”, e que tem buscado equilibrar seus preços com o mercado global, sem o repasse imediato da volatilidade dos preços externos e do câmbio.
“Não obstante, quando há uma mudança estrutural no patamar de preços globais, é necessário que a Petrobras busque a convergência com os preços de mercado”, diz a nota, que sugere que, de outra forma, poderia haver risco de desabastecimento interno.
Preço nas bombas
Vale lembrar que o valor final dos preços dos combustíveis nas bombas depende também de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores.
Segundo a ANP, o preço médio da gasolina no país ficou em R$ 7,247na semana encerrada no dia 11. Já o do diesel, em R$ 6,886.
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Com informações do G1/CNN/Petrobras