Polícia civil do DF, cumpre mandados na Terracap. Foto: reprodução

Agentes da Delegacia do Meio Ambiente (Dema) investigam grilagem de terras na região do Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul. Há indícios do envolvimento de servidores públicos, um deles da Terracap, no crime

Por Ian Ferraz e Mirelle Pinheiro

A Polícia Civil do DF cumpre nesta sexta-feira (22/9) mandados de prisão, condução coercitiva e de busca e apreensão em vários pontos do Distrito Federal, em uma operação, batizada de Sacerdote, contra a grilagem de terras na região do Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul.

Um dos endereços visitados pelas equipes da Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema) é a sede da Agência de Desenvolvimento (Terracap). Agentes da PCDF bloquearam a Diretoria Financeira e Administrativa da empresa.

Estão sendo cumpridos sete mandados de prisão temporária, cinco de condução coercitiva (em que a pessoa é levada a depor) e 15 de busca e apreensão. Entre os alvos das investigações, iniciadas há um ano e três meses, estão Gustavo Adolfo Moreira Marques, servidor público aposentado do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) e que ocupava o cargo de diretor de Gestão Administrativa e de Pessoas (Digap) da Terracap, e um ex-servidor público da Administração Regional do Riacho Fundo I.

Este último, foi alvo da Operação Habite-se, deflagrada em julho pela Delegacia de Repressão a Crimes contra a Administração Pública (Decap). Ele foi exonerado da função pública, em julho deste ano, por envolvimento em vendas de alvarás e cartas de habite-se.

De acordo com a delegada-chefe da Dema, Marilisa Gomes, o grupo investigado teria praticado crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, tráfico de influência, advocacia administrativa e corrupção ativa. “ Os acusados teriam feito promessas de vantagens ilícitas a servidores para a aquisição e posse de terrenos públicos, pertencentes ao Governo do DF, e localizados em área nobre e de proteção ambiental permanente”, esclarece.

Durante o cumprimento dos mandados, os policiais apreenderam vários documentos e também valores em endereços localizados no Plano Piloto, Lago Sul e Norte, Park Way, Cruzeiro, Vicente Pires, Águas Claras e Taguatinga.  “As investigações ainda continuam visando apurar as suspeitas de participação de outros envolvidos no esquema criminoso”, destaca a delegada.

Operação Terra Fria
Na semana passada, a Dema também deflagrou a Operação Terra Fria, para desarticular um grupo criminoso que atuava invadindo terrenos públicos valiosos, de 20 mil m², localizados em uma das áreas nobres do Distrito Federal, o Setor de Mansões Park Way. Os lotes são avaliados em torno de R$ 3,8 milhões cada. Entre os envolvidos, estão um advogado e um auditor fiscal de atividades urbanas da Agência de Fiscalização do DF (Agefis).

Utilizando-se da Justiça, o grupo estava tentando obter a posse por meio de uma ação de inventário. Um dos presos, Marcelo Antônio Carrijo, alegou que a mãe dele, já falecida, teria adquirido o terreno há anos.

Durante o cumprimento dos mandados, os policiais apreenderam vários documentos e também valores em endereços localizados no Plano Piloto, Lago Sul e Norte, Park Way, Cruzeiro, Vicente Pires, Águas Claras e Taguatinga.

Da Redação com informações do Metrópoles

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