O Ato foi durante manifestação para que o governo do Distrito Federal publique o pedido de exoneração dos servidores da corporação que ocupam cargo de chefia. Na semana passada, os policiais entregaram os cargos devido ao impasse nas negociações de reajuste à categoria.

Em Assembleia Geral Extraordinária na tarde desta quinta-feira (1º), convocada pelo Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), os policiais civis rejeitaram por unanimidade a proposta de reajuste salarial apresentada pelo Governo do Distrito Federal. A nova proposição apresentou recuos na negociação em vez de avanços. Cerca de 4 mil policiais estiveram presente na AGE, que aconteceu na Praça do Buriti.

Durante a manifestação, o deputado federal Laerte Bessa (PR-DF) que participou da assembleia, ao discursar para a categoria, fez várias ofensas ao governador Rodrigo Rollemberg. Recentemente, os dois se encontraram recentemente com o presidente Michel Temer, para analisar a situação econômica do DF.

20160816_151138Os policiais civis deliberaram algumas ações:

– Manutenção da PCDF Legal até terça-feria (6), com ampliação da cartilha;

– Ampliação do comando de greve, com a criação de um grupo de aposentados e policiais da ativa que são representantes sindicais para, em uma comitiva, visitarem as delegacias reforçando com os colegas as orientações da cartilha;

– Elaboração de um ofício cobrando a publicação das atribuições e do concurso de remoções;

– Ocorrências serão entregues apenas após homologação dos delegados;

– O Instituto de Identificação e o Instituto de Criminalista vão realizar apenas as perícias agendadas;

– Todos os cursos de treinamento e da Academia serão realizados apenas no horário de trabalho;

– Um ofício será enviado à direção geral da PCDF exigindo o fechamento dos Postos de Identificação que não tenham o mínimo de três papiloscopistas;

– Assembleia na próxima terça (6) no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) com a realização de uma caminhada até o congresso. Lá, serão fincadas no gramado mais de mil cruzes que representam o número de mortes no DF durante o mandato do governador Rodrigo Rollemberg.

Depois da assembleia, os 4 mil policiais que compareceram fizeram uma manifestação no Palácio do Buriti queimando um caixão que simboliza a morte da política de Segurança Pública do DF.

PROPOSTA RECUSADA – O GDF propôs 0% de aumento em 2017, 8% em 2018, 7% em 2019, 8% em 2020 e, por fim, 10% em 2021. “Esses 33% em seis anos quebra a paridade da PCDF com a Polícia Federal, tanto em índices como em datas, e está mais distante dos anseios dos policiais civis do que as propostas anteriores, onde previa um aumento já no segundo semestre de 2017”, avaliou Rodrigo Franco, presidente do Sinpol.

A Procuradora do MPDFT Maria Rosynete de Oliveira Lima orientou que o governo volte a estudar uma nova proposta de reajuste salarial que mantenha a paridade entre as duas forças de segurança.

O chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, disse no dia 5 de agosto que o GDF não tem dinheiro em caixa e que, para dar aumento aos policiais, terá que cortar em outras áreas. Segundo ele, o Buriti ainda precisa encontrar R$ 1 bilhão para fechar as contas de 2016.

Sampaio declarou também, que o ponto dos policiais civis que aderirem às paralisações programadas pela categoria será cortado. Segundo ele, os policiais oferecem “serviços peculiares” e, por isso, não podem participar deste tipo de movimento.

Da Redação

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

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