Avião da Avianca . Foto: Reprodução

Arrendadores de aeronaves da companhia conseguiram uma liminar para proibir decolagem. Passageiros foram realocados e enviados a hotéis

Por Thaís Paranhos

Passageiros e tripulantes de um voo da Avianca que seguia do Aeroporto Internacional de Brasília para São Paulo precisaram descer pouco antes de a aeronave deixar o local, na noite dessa quinta-feira (4/4). O piloto foi impedido de decolar por oficiais de Justiça, pois havia uma liminar para o confisco do avião. A empresa está em recuperação judicial.

A medida judicial atendia a pedido de dois arrendadores de aeronaves, credores da companhia aérea. No entanto, na mesma noite, a Avianca conseguiu reverter a liminar, mas a decolagem dependia da chegada de oficiais de justiça ao local.

O voo com destino a Congonhas, em São Paulo, sairia, inicialmente, às 19h. Porém, a decolagem foi adiada duas vezes – enquanto a tripulação aguardava liberação para levantar voo. A areonave foi liberada para decolar à 1h18 desta sexta-feira (5). Todos os passageiros que ainda aguardavam em Brasília conseguiram embarcar.

Procurada pela reportagem, a companhia aérea informou que uma parte dos passageiros conseguiu embarcar em outros voos e o restante foi deslocado para hotéis da região.

Por meio de nota, a companhia aérea comunicou que “tomou as medidas necessárias, que os passageiros impactados estão sendo atendidos e que a empresa segue operando normalmente”.

Dívida da Avianca

Em recuperação judicial, a companhia aérea Avianca Brasil admitiu ontem que sua dívida é maior do que a divulgada inicialmente. Sem considerar os arrendadores de suas aeronaves – que não entram no processo de recuperação e para os quais deve o equivalente a R$ 585 milhões -, os débitos da empresa somam R$ 2,7 bilhões. Em dezembro, o documento apresentado à Justiça citava R$ 495 milhões. Com assembleia de credores marcada para a próxima sexta-feira, a empresa perdeu sua assessora financeira, a Galeazzi, após divergências.

A alteração no valor da dívida ocorreu em dois momentos. Em janeiro, a companhia atualizou a primeira lista para R$ 1,3 bilhão por conta própria. Protocolada ontem na Justiça, a segunda modificação, para R$ 2,7 bilhões, veio depois de pedido dos credores. A principal diferença é o débito da gestora americana Elliott Management, que praticamente dobrou e chegou a US$ 515 milhões (cerca de R$ 2 bilhões).

Da Redação com informações do Metrópoles e estadão

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