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O Facebook continua sendo uma das redes sociais preferidas dos brasileiros, mas nos últimos tempos muita gente decidiu deletar o seu perfil.

Por Redação

Apesar de muito se falar na questão da privacidade, os motivos são vários. Claro, tem quem queira proteger os dados, mas também quem não aguenta mais discussões políticas e ideológicas e quem acha que a rede social consome muito tempo.

Uma pesquisa divulgada em 2016 pela Universidade de Copenhague, na Dinamarca, descobriu inclusive que os desconectados do Facebook eram mais felizes do que quem acessava a rede diariamente. Será que os pesquisadores têm razão?

UOL Tecnologia perguntou para um grupo de pessoas o que pesa na hora de apertar o botão de saída e ouviu delas que largar a timeline não costuma deixar saudades –ela, na maioria das vezes, é substituída pelo Instagram, onde há menos “treta” e “textão”.

Leia alguns depoimentos

Agnes Jancar, 62, aposentada, saiu há 2 anos

“Não gostei da superficialidade das pessoas e das discussões sem aprofundamento. Não gostei e não tinha tempo de ficar muito ali. Eu gosto das coisas práticas, então uso o velho papel, o e-mail, resolvo várias coisas pelo WhatsApp, mas a melhor forma ainda é o olho no olho.”

 

 

Juliana Ricci, 28, universitária, saiu há 7 anos

Gastava tempo demais com algo improdutivo, vendo o feed sem fim. Acho que é muita exposição, isso sempre me incomodou. Então eu evito a tecnologia de modo geral, porque a gente não sabe o que está sendo vendido com essas informações. Hoje não tenho Instagram, não tenho Facebook e não me faz falta. Eu tenho mais tempo agora e as informações que realmente importam chegam por outros meios”.

Alexandro Leal da Trindade, 23, universitário

“Saí por causa da futilidade. Todo mundo fica levantando bandeira, tem muita notícia falsa, discussão e briga por política, questão feminista, machismo, minorias, que eu reconheço a importância, mas tem muita futilidade também, então acabei perdendo o interesse. Hoje eu uso o Instagram e o Youtube, porque consigo selecionar melhor o que eu quero ver, enquanto no Facebook você tem menos

Caroline Nunes, 29, funcionária pública, saiu há quatro meses

“Não sinto nenhuma falta, parece que me libertei. Estava atrapalhando a minha vida, porque eu trabalho e estudo, então perdia meu tempo de descanso no Facebook. Também acabava lendo coisas desnecessárias, sentia que não era algo construtivo. Além disso, sempre via as mesmas coisas, as mesmas notícias, muita coisa não aparecia no meu feed. Eu acho isso prejudicial, porque tem que ser mais misturado, tem que ter outros lados. Hoje eu uso só o Instagram, porque não tem textão, não fico lendo os comentários nas fotos dos outros, não perco tanto tempo.”

Natielle Braga, 29 anos, psicóloga, saiu há 9 meses

“Primeiro, foi a questão da exposição. Você acaba mostrando muito a sua vida, até a localização. Eu também ficava muito tempo conectada, dormia às 2h, acordava às 6h e já entrava no Facebook, não conseguia controlar muito. Como psicóloga, eu vejo que era um uso compulsivo, estava prejudicando meu sono, minha vida. O Facebook também tem muito texto desaforado, pessoas felizes demais, aquilo me fazia mal, eu sentia uma necessidade de ser curtida, de ser aprovada.”

Da Redação com informações do UOL

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

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