Bolsonaro entrega proposta de reforma da Previdência a Rodrigo Maia — Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Por Coluna Painel

O dia seguinte de Jair Bolsonaro e do PSL às manifestações pró-governo despertou em siglas de centro e centro-direita a certeza de que o presidente age para desmontar o bloco conhecido como “Centrão”. Por isso, todas tentativas de compor com o Planalto estão sendo vistas com extremo ceticismo. Aliados de Rodrigo Maia (DEM-RJ) ressaltam que, mesmo sendo fiador das reformas, ele não foi poupado pelos bolsonaristas que foram às mas defender mudanças na Previdência.

Os ataques ao democrata foram vistos como prova de que Bolsonaro não está disposto a dividir louros e nem valorizar gestos do Congresso em direção à pauta de sua equipe econômica.

Maia foi aconselhado a chamar os presidentes de partidos para uma atitude de solidariedade. Segundo um interlocutor, ele não pode ser o único a pagar por defender a autonomia do Parlamento.

Os sinais de que o governo está disposto a investir contra partidos como PP, PL (ex-PR) e PRB provocou reação nas cúpulas das três bancadas. Não houve, porém, decisão de ação uníssona. Há quem pregue dar tempo à acomodação e quem diga que, neste cenário, o melhor a fazer é “não votar mais nada”.

Já os militares temem que os atos tenham reforçado a oposição, provocando insatisfeitos com o governo a medirem força nas ruas. A consequência, avaliam, seria um clima de instabilidade, com risco de conflitos.

Da Redação com informações da Folha

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