Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) realiza audiência pública interativa com o ministro de Estado da Educação, para apresentação das diretrizes e programas prioritários da pasta. À mesa, em pronunciamento, presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Carlos Alberto Decotelli. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Novo ministro tomaria posse na terça-feira (30), mas questionamentos sobre doutorado e pós-doutorado fizeram Planalto rever indicação

Por Redação*

A posse de Carlos Alberto Decotteli como novo ministro da Educação não tem mais dia e hora para acontecer, segundo o Palácio do Planalto. A cerimônia, que estava prevista para esta terça-feira (30), às 16h, foi adiada devido problemas curricular.

Auxiliares presidenciais passaram a recomendar ao presidente que reveja a noemação de Decotelli para o cargo de ministro da Educação após surgirem novas informações sobre imprecisões em seu currículo acadêmico.

Segundo um integrante do Palácio do Planalto, a própria ala militar, que recomendou o nome do professor ao posto, vê constrangimento na indicação e risco até de questionamentos judiciais recaiam sobre o governo.

Diante disso, auxiliares pressionam para que Bolsonaro retire a nomeação. A posse de Decotelli foi adiada para que o governo possa tomar uma decisão sobre o destino da pasta, de acordo com uma fonte próxima ao presidente. Um dos motivos é a imprecisão no curriculo de Decotelli.

Izalci no páreo 

De acordo com uma fonte próxima ao presidente Bolsonaro, o nome do senador e vice-líder do governo no Senado, Izalci Lucas (PSDB), volta a ser cogitado para titular do MEC.

No dia 15/06 o Agenda Capital questionou o senador Izalci sobre um eventual convite para o Ministério da Educação. Izalci respondeu: “Quem nomeia e exonera é o presidente Bolsonaro. Caso seja convidado pelo presidente, estarei pronto para assumir mais esta missão em prol do Brasil”, disse o parlamentar do DF.

Problemas no currículo

Ao anunciar o sucessor de Abraham Weintraub na pasta, o presidente Jair Bolsonaro mencionou nas redes sociais a formação do professor:  “Decotelli é bacheral em Ciências Econômicas pela Uerj, Mestre pela FGV, doutor pela Universidade de Rosário, Argentina, e Pós-doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha”.

Os maiores questionamentos estão em cima das duas universidades estrangeiras. O título de doutor no curso feito na Argentina foi questionado pelo reitor da Universidade Nacional de Rosário. Ele disse que Decotelli não concluiu o doutorado.

Depois de ser questionado, Decotelli atualizou o currículo na plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ao anunciar que o curso estava “sem defesa de tese”.

No final de semana, a dissertação de mestrado do novo ministro do MEC também foi colocada sob nova verificação após conter possíveis indícios de plágio.

Diante de tantas inconsistências, o Gabinete de Segurança Institucional do Governo pediu um relatório à Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para fazer uma espécie de rechecagem no currículo de Decotelli.

*Com informações da CNN e Agenda Capital

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