O partido da República (PR), anunciou nesta segunda-feira (21) a expulsão da deputada federal Clarissa Garotinho (RJ) sob o argumento de que ela descumpriu decisão da legenda ao votar contra a proposta que congela os gastos federais pelos próximos 20 anos.

Outros dois deputados do partido também não seguiram essa determinação, mas receberam apenas suspensão da filiação partidária –Silas Freire (PI), por 9 meses, e Zenaide Maia (RN), por 12 meses.

De acordo com nota divulgada pelo partido, “a punição da deputada Clarissa Garotinho não ficou restrita à suspensão por agravantes que levaram seu caso a uma esfera além do flagrante de desobediência” à votação a favor da PEC do Teto.

Entre outros pontos, o partido aponta como razão críticas da deputada ao colega Vinícius Gurgel (AP), responsável por apresentar a representação interna contra a deputada.

Clarissa lembrou reportagem da Folha de março que mostrou que uma assinatura falsa do deputado foi usada na tentativa de livrar o então presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do processo de cassação.

Na época, Gurgel negou a falsificação e disse que a discrepância se deu porque ele fez a assinatura sob o efeito de álcool. Clarissa afirmou que isso é que era motivo de expulsão.

O partido negou ainda que o processo contra a deputada tenha sido influenciado pela prisão do pai dela, o ex-governador Anthony Garotinho.

Em nota, Clarissa afirmou estranhar a diferença de tratamento em relação aos outros parlamentares do partido que também votaram contra a PEC do teto e disse já ter recebido convites de outras legendas.

“Reafirmo meu posicionamento contra a PEC, que diminui investimentos em saúde e educação, bem como impede aumentos salarias dos servidores públicos e o aumento real do salário mínimo”, disse a deputada.

Clarissa afirmou ainda ter certeza de que nunca envergonhou o PR, diferentemente de Gurgel –”Acusado de permitir a fraude de sua assinatura no Conselho de Ética da Câmara para beneficiar Cunha e logo depois ter alegado que a letra estava diferente porque assinou o documento bêbado”.

Da Redação com informações da Folha

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