Parque da cidade de Brasília. Foto: Reprodução

Por Jean Carmo Barbosa

O Parque da Cidade é uma área fundamental pra cidade, é um dos maiores parque urbanos do mundo e que precisa ser bem cuidado. Seus equipamentos devem ser permanentemente revitalizados.

O governador do Distrito federal Ibaneis Rocha (MDB) afirmou  que destinou R$ 2 milhões para revitalização do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, durante o lançamento da Semana Mundial de Amamentação Agosto Dourado, realizado no estacionamento 12,

Embora pequeno o valor dentro da dimensão do parque, em tempos de crise é meritório o gesto com o espaço que é elemento urbano de elevado significado na vida do Distrito Federal e de seus habitantes. Portanto precisamos falar do Parque da cidade e seu potencial.

Pista de ciclovia do Parque da Cidade. Foto: Reprodução

O parque é marca importante no caminho de consolidação desta cidade e, assim como ela, está sujeito à passagem do tempo e às mudanças, ocasionadas sobremaneira pela necessidade constante de adequação às particularidades de cada época. É evidente ser necessário que essa adequação seja balizada pelas linhas mestras da concepção original, de modo que não se perca a essência da obra.

Um grupo de trabalho instituído pela Portaria conjunta n° 5, de 19 de abril de 2013,  consolidou o  Decreto nº 38.688 de 2017 que trata do Plano de Uso e Ocupação do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, o qual prevê  dentro dos parâmetros urbanísticos e com as escalas permitidas, qual é o potencial construtivo permitido para cada empreendimento local, ao mesmo tempo, que tipos de atividades podem ser feitas e o zoneamento dessas atividades dentro do Parque, para que ele não fique, como já tem sido na prática, com uma área muito concentrada de equipamentos e outras áreas mais desertas. Então é preciso ocupar bem todo o perímetro do Parque, de forma a oferecer oportunidades de lazer, de esporte e de cultura a todas as áreas do Parque e a todos os usuários que vem de todas as cidades do Distrito Federal.

Parque da Cidade de Brasília

Esse trabalho gigantesco permitiu que no Parque ainda fossem concluídos alguns equipamentos que configurem bem essa distribuição de equipamentos de natureza esportiva e cultural e ao mesmo tempo fixe os limites de construção para que, na sua visão de conjunto, preserve sempre a presença do verde, da escala bucólica. Isto é o que dará qualidade ao Parque da Cidade, que é manter sempre esta característica fundamental de um parque verde, arborizado e como toda essa riqueza de oportunidades que tem.

Dentre esses equipamentos, destaco aqui a importância de avançar para consolidação do projeto “Brasília Skate Plaza”, o qual o anteprojeto de arquitetura foi elaborado em 2014 pela Secretaria de Estado de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano em colaboração com a Administração de Brasília, a Direção do Parque Dona Sarah Kubitschek e a Federação de Skate do Distrito Federal.

A consolidação do projeto “Brasília Skate Plaza”, proposta ousada, justifica- se dentre outros fatores de que Brasília é exportadora de talentos e grandes atletas na modalidade que estará nos jogos olímpicos de Tóquio 2020, no entanto carece de estrutura adequada para a pratica do esporte, além disso, é preciso   vislumbrar nosso potencial e compreender  Brasília com vocação para sediar grandes eventos nacionais e internacionais, a  capital de uma das maiores economias do mundo cumprira seu papel de uma metrópole cosmopolita, podendo a longo prazo ser cada vez mais palco de grandes eventos.

A recuperação da Praça das fontes, como zona de atividade cultural, também é uma perspectiva importante apontado no documento, há imensa possibilidades para o Parque, mesmo mantendo  suas características essenciais do Parque.

Tratam-se, portanto, de obras estruturantes e definitivas, sua requalificação como polo de serviços e lazer, inclusive à noite é uma medida estratégica que geraria milhares de postos de trabalho e como matriz de uma nova cadeia produtiva, cresceria a dimensão da economia local e poderia se tornar cada vez mais  referência em diversão, arte, cultura, esporte e lazer.

Embora o Plano de Uso e Ocupação do Parque da Cidade foi elaborado buscando o diálogo, é sempre importante a participação popular nas decisões que o envolvam, como os responsáveis pela atividade econômica e os usuários do local.

Para concluir, quando se trata da privatização do parque, esta deveria ocorrer por  pessoas jurídicas interessadas em elaborar estudos técnicos de modelagens de parcerias público-privadas ou de concessão, para apresentação de projeto de implantação nas áreas onde não há nada construído, como a Praça das Fontes, a antiga Piscina de Ondas e a pista de Skate.

*Jean Carmo Barbosa – Mestrando em Poder Legislativo, Pedagogo e gestor público. Foi Administrador Regional de Brasília e de São Sebastião. Atualmente é assessor parlamentar na Câmara dos Deputados e colunista do Agenda Capital.

Jean Carmo Barbosa
Mestrando em Poder Legislativo, Pedagogia e gestor público. Foi Administrador Regional de Brasília e de São Sebastião. Coordenou o Centro Universitário de Cultura e Arte da Une na UNB. Presidiu a União da Juventude Socialista no DF. Atualmente ocupa o cargo de assessor parlamentar na Câmara dos Deputados. Colunista do Agenda Capital.

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