Por Delmo Menezes
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE divulgou nesta quinta-feira (23), que o primeiro Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) deste ano, apresentou variação de 0,71% em janeiro, ficando abaixo da taxa de 1,05% registrada em dezembro pelo IPCA-15 do ano.
De acordo com especialistas, é de uma desaceleração considerável e bate com as previsões de mercado vazadas ao longo da semana – apesar de o resultado ser o maior para um mês de janeiro desde 2016.
Para a economista do Itaú-Unibanco Julia Passabom, a tendência é que a carne bovina sofra deflação no primeiro trimestre de 2020, pois o preço do boi tem recuado no atacado em relação ao pico atingido no ano passado.
“Vamos observar uma desaceleração maior nesse componente, com alívio no começo do ano. O preço deve ficar alto um tempo, mas espero que devolva o choque”, afirma Passabom.
Desta vez, a desaceleração foi puxada justamente por esses itens, que saíram de uma alta de 17,71% para 4,83% entre o mês passado e agora – dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, sete aumentaram.
O IPCA-15 considera dados de estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, além de concessionárias de serviços públicos e domicílios.
O cálculo incorporou preços coletados entre 12 de dezembro de 2019 e 14 de janeiro de 2020. E a comparação foi feita sobre o período de 12 de novembro a 11 de dezembro de 2019.
O indicador abrange famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos que vivem em 11 áreas urbanas: regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Distrito Federal e o município de Goiânia (leia mais).
Da Redação do Agenda Capital