Imagem: Reprodução

Por Raimundo Ribeiro*

No domingo, Ele entra na cidade liderando um exército de soldados livres. Montado num animal, seguido por muitos, era saudado pela multidão; o animal era um jumentinho; seu exército de seguidores era constituído de pessoas simples, sem cultura e sem bens materiais, e a plateia que o saudava acenando com ramos retratava a imensa maioria do povo encantado por atos e ensinamentos de um Líder; enfim, o Líder que montava um dos menos nobres animais, conduzindo um exército fortemente armado de amor e esperança, saudado com folhas de ramos por milhares de anônimos inaugurava uma inesquecível, triunfal e majestosa mudança na vida das pessoas, lecionando que a beleza e sabedoria reside na humildade e simplicidade.

Após compartilhar o pão e o vinho, passou a noite em agonia sabendo que um dos seus o traía; Julgado por crimes que não cometeu, por um “júri popular” e por um “tribunal de sábios”, seu eloquente silêncio escancarou como falsos líderes manipulam os incautos e “doutores da lei” que o condenaram; demonstrou o quanto a omissão é criminosa quando se deixa de decidir com Justiça preferindo “lavar as mãos”.

A crucificação, e na companhia de ladrões impôs o sofrimento e humilhação do Líder, que “ousava” incomodar o “sistema social” com um novo modelo de vida onde a misericórdia, a bondade e o amor presidiam as relações entre as pessoas. Embora seus autores desejassem, a “sentença” de morte por crucificação, destinada aos piores criminosos, e ao lado de ladrões, não impediu que seus ensinamentos se eternizassem nos corações e mentes das pessoas, mas ao contrário, expôs a escandalosa hipocrisia e perversidade dos que se julgavam “donos do sistema social”, manipulando os incautos e os “sábios da lei” para satisfação de seus inconfessáveis e criminosos interesses.

Na manhã do domingo, o seu retorno impõe a mais amarga derrota aos seus algozes que, com suas omissões, mentiras, manipulações e hipocrisias foram condenados a pior prisão que existe que é o tormento do cárcere de suas mentes, de onde não podem fugir e são perseguidos como uma sombra a acompanhá-los por onde forem. As lições dessa semana especial podem servir de inspiração e esperança para todos que almejem a cura do vírus que teima em corroer a natureza de alguns ditos humanos.

Apesar da semelhança com os dias atuais, esses acontecimentos ocorreram há dois mil anos.

*Raimundo Ribeiro – Cristão, Católico (devoto de Nossa Senhora Aparecida); Advogado; Ex-secretário de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania; Ex-deputado distrital. Colunista do Agenda Capital.

2 COMENTÁRIOS

  1. Sem dúvidas a Páscoa é o momento mais importante do ano, pois renova e fortalece em nós a fé que nos mantém vivos e perseverantes.
    Texto maravilhoso, síntese precisa e inteligente escolha de palavras.
    Salve Jesus Cristo nosso Salvador!!!

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