Plenário da Câmara dos Deputados. Foto: reprodução

Por Coluna do Estadão / Alberto Bombig

O governo federal terá de correr contra o relógio para aprovar a reforma da Previdência antes que a conjuntura política e econômica possa se tomar ainda mais desfavorável ao presidente, a ponto de contaminar as articulações em curso. Pelos cálculos mais otimistas no cronograma atual, Planalto e Economia terão 20 dias para virar votos entre a aprovação do texto na Comissão Especial e a apreciação do projeto no plenário. Há mais um complicador: esse período curto deve coincidir com os festejos juninos, o recesso branco do Congresso.

Contabilidade. Onyx Lorenzoni, capitão da articulação política, tem contado o número de parlamentares que recebe para rebater as críticas de que não dialoga. Já foram 386 desde o início do governo – ou 2,8 por dia.

Alívio. Os deputados que estão tocando a reforma da Previdência na Comissão Especial acharam boa a ida do ministro da Educação à Câmara. Com isso, a oposição direcionou suas atenções para ele e, na comissão, as audiências ocorreram com menos embates.

Corre. Há uma movimentação na Câmara para apresentar uma emenda à PEC da Previdência com o texto idêntico ao que muda a aposentadoria dos militares. Deputados estão incomodados com a demora no andamento desse projeto.

A lista. São ao menos cinco os deputados cotados para substituir o líder Major Vitor Hugo: Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Cláudio Cajado (PP-BA), João Campos (PRB-GO), João Roma (PRB-BA) e Marco Feliciano (Pode-SP).

Os russos. Joice Hasselmann já procurou alguns. Só tem um problema: Jair Bolsonaro ainda não está convencido da necessidade de mudar a liderança.

Consolação. Caso a mudança se concretize, a ideia é arrumar alguma relatoria importante, ou outro posto para Vitor Hugo (PSL-GO). Está no radar a presidência da Comissão Especial dos militares ou o comando de um ministério menor.

Timing. Colegas de Roma acham que não é o momento de ele assumir o posto porque acumulou desentendimentos na tramitação da MP que reduziu ministérios.

Ele lá… Em visita a Rodrigo Maia, líderes do Centrão fizeram uma avaliação sobre os protestos recentes. O entendimento geral é de que Bolsonaro jogou gasolina na fogueira. O presidente, porém, continua convencido de que o confronto é a melhor estratégia.

– …e nós cá. Reforçaram ainda o entendimento de que o Legislativo não pode mais depender do Executivo para pautá-lo. Vão selecionar propostas com apelo popular, como o pacote anticrime de Sérgio Moro. Aliás, o ministro da Justiça também passou por lá.

CLICK. Um dia após protestos contra o governo Bolsonaro organizados por universitários, a senadora Simone Tebet (MDB) deu palestra na Universidade de Brasília.

Deixa com eles. Apesar de entenderem como de potencial explosivo as revelações do Ministério Público a respeito de Flávio Bolsonaro, a possibilidade de uma CPI está, por ora, descartada. Parlamentares acham que o MP, até agora, está fazendo sua parte.

Liturgia. O prazo para o ministro da Economia, Paulo Guedes, enviar o detalhamento dos dados da nova Previdência requerido pelo senador José Serra (PSDB-SP) terminou ontem, sem resposta. A Mesa Diretora da Casa abrirá processo para cobrar a pasta.

Com informações do Estadão

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