Por Delmo Menezes

O governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), antecipou suas férias para participar nesta segunda-feira (02), de reunião no Palácio do Buriti com deputados distritais, para explicar o reajuste das passagens de ônibus. O clima foi bastante tenso e não houve consenso.

Após a reunião, Rollemberg afirmou que “não é possível revogar o reajuste sem que haja alternativas para custear o serviço”. Ao final do encontro, o governador deu seu posicionamento. “O desafio é assegurar a continuidade dos serviços públicos. O reajuste está mantido por uma absoluta necessidade de manter o sistema funcionando”, explicou.

Durante a reunião, Rollemberg solicitou a Câmara Legislativa do DF (CLDF) que reveja o benefício concedido aos alunos das escolas particulares. “Devemos garantir a gratuidade do estudante que realmente precisa. Ao dar gratuidade para quem não precisa, estamos penalizando outros usuários, como os trabalhadores”, disse o Chefe do Executivo.

De acordo com o GDF, o governo local desembolsa cerca de R$ 600 milhões por ano com o subsidio, sendo aproximadamente R$ 400 milhões destinados aos custos com as gratuidades para estudantes, idosos e pessoas com deficiência.

Com os reajustes, as tarifas de linhas circulares internas subiram de R$ 2,25 para R$ 2,50; de ligação curta, de R$ 3 para R$ 3,50; e as de longa distância, integração e metrô, de R$ 4 para R$ 5.

Distritais

Os deputados distritais que estiveram na reunião, reclamaram bastante da falta de diálogo com o GDF. O presidente da CLDF, deputado Joe Valle (PDT), deverá convocar uma sessão extraordinária da Câmara Legislativa, para suspender o aumento concedido pelo Chefe do Executivo. O governo ameaça entrar na justiça para manter o reajuste das tarifas.

Os distritais afirmam que poderiam liberar R$ 50 milhões, provenientes de sobras orçamentárias, ao Palácio do Buriti. E ofereceram uma proposta sobre possíveis ajustes no sistema de gratuidade do transporte público, caso o governo tornasse sem efeito o reajuste. O governador manteve o reajuste, propondo apenas o decréscimo do aumento nas passagens de linhas de longa distância e do metrô, que passaria de R$ 5 para R$ 4,50.

O vice-presidente da Câmara, deputado Wellington Luiz (PMDB), afirmou que não houve negociação. Nós não aceitamos manter esse aumento discrepante. Segundo o parlamentar, “a maneira como foi conduzido todo o processo, pegou muito mal para o governo”, explicou.

Manifestações na rodoviária

No final da tarde desta segunda-feira (02) houve protestos na rodoviária do Plano Piloto. Não houve confronto com a polícia. Os líderes do movimento através das redes sociais, prometem fazer novamente manifestações nesta terça-feira (03), até que o governo revogue o aumento das passagens.

Além do presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT), e do vice, Wellington Luiz (PMDB), participaram da reunião os deputados distritais Chico Leite (Rede), Julio César (PRB), Raimundo Ribeiro (PPS), Rodrigo Delmasso (PTN) e Wasny de Roure (PT); o secretário de Mobilidade, Fábio Damasceno, e a procuradora-geral do DF, Paola Aires Corrêa Lima.

Da Redação do Agenda Capital

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