Filiação do Dr. Gutemberg no Partido da República. Foto: Agenda Capital

Por Redação

Aos 53 anos, Gutemberg Fialho, mais conhecido como Dr. Gutemberg, é médico ginecologista e do trabalho e também advogado. Presidente do Sindicato dos Médicos (SindMédico-DF) desde 2009, hoje é, reconhecidamente, um dos principais críticos do governo Rollemberg: especialmente no que diz respeito à Saúde Pública da capital federal. Nesta semana, no dia 21, filou-se ao Partido da República (PR) para lançar, oficialmente, sua pré-candidatura em parceria com Jofran Frejat, também médico, defensor do SUS-DF e um dos nomes favoritos na disputa pelo GDF segundo pesquisas recentes.

Dr. Gutemberg, como será essa pré-candidatura do Sr.? Quer dizer, o que a população pode esperar de um defensor do SUS-DF?

Minha defesa do SUS-DF e da saúde, de forma geral, não começou agora. Desde 2009, como presidente do SindMédico-DF, venho defendendo aquilo que é de direito da população e dos servidores da Saúde: seja com o Sindicato Itinerante, com visitas a hospitais e a unidades de Saúde ou nos âmbitos Legislativo e Judiciário, travando batalhas para barrar as recorrentes tentativas de desmonte do SUS-DF.

O que há de diferente nesta minha pré-candidatura é este movimento, em prol do SUS, que une forças com lideranças da saúde pública do DF, como Jofran Frejat, que é médico, foi deputado federal por cinco mandatos consecutivos, também já foi secretário de saúde e é hoje um dos nomes favoritos na disputa pelo Buriti.

Além disso, acho importante destacar, minha luta também contempla a saúde suplementar (privada) – setor regulamentado pela Constituição de 1988 -, reconhecendo o papel importante e necessário dessa área que supre uma deficiência do Estado justamente no que tange à saúde pública.

Ato de filiação do Dr. Gutemberg no Partido da República. Foto: Agenda Capital

Como o Sr. avalia o governo Rollemberg, que está chegando ao último ano de gestão, especialmente na área da Saúde?

Essa resposta está nas ruas do DF, nas falas e conversas da população. Dentro dos hospitais, o número de mortes evitáveis só aumenta. O Hospital de Base, que é o principal da rede, passou por uma mudança administrativa que não faz o menor sentido, é quase uma privatização. As UPA’s e Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) estão com déficit de médicos e outros profissionais da Saúde. Quer dizer, passamos os últimos três anos brigando contra tudo isso. E, ainda assim, a atual gestão se comporta como um paciente em estado de negação – tem uma doença grave e não aceita o diagnóstico e ainda busca o “curandeirismo” como alternativa.

Neste cenário, o Sr. acredita que a Saúde Pública do DF tem recuperação? 

Sou otimista. Aposto que vamos dar a volta por cima. O governo de Rollemberg chegará ao seu fim com o resultado que sairá das urnas em outubro. E, com isso, tenho certeza, conseguiremos reerguer o SUS-DF e fazer dele, novamente, um exemplo para todo o país, como já foi um dia. A população não aguenta mais contar apenas com a fé e a esperança. A gente vê isso diariamente na porta dos hospitais. Os pedidos de ajuda, de socorro. Por isso, o único caminho é o resgate do SUS-DF. E assim faremos, em parceria com Frejat que, tenho certeza, irá concentrar todos os esforços nessa meta.

E quais são as propostas para resgatar o SUS-DF? 

Obviamente, o que não foi feito nos últimos anos: enxergar a saúde pública como investimento e não gasto.  Dentro desse prisma, o primeiro passo, claro, é apoiar representantes com real compromisso com a saúde. Depois, corrigir as políticas públicas equivocadas para a área, aumentar a oferta de serviços e da qualidade no atendimento, investir na valorização dos servidores públicos e buscar implementar um processo permanente de auditoria nos processos de trabalho para a otimização, eficiência e eficácia dos serviços, o que resultará em benefícios reais para a população.

Diante de todo este cenário do qual acabamos de falar, o que o Sr. espera de 2018?

É mais um ano de lutas. Temos que ficar alertas e sermos atuantes, pois o atual governador vai fazer de tudo para tentar a reeleição, o que, para todos nós, moradores do DF, seria um desastre. As mudanças, tanto no cenário local quanto no nacional, dependem de mobilização e engajamento. É importante, por isso, assumirmos o protagonismo das nossas decisões e não deixar que o caos permaneça e siga adiante.   Temos que estar atentos e conscientes para fazer escolhas. Está em nossas mãos.

Da Redação do Agenda Capital

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