Por Redação*

Em tom de campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse hoje que o governo vai prorrogar até dezembro o pagamento do auxílio emergencial, mas não definiu o valor das parcelas. Hoje, elas são de R$ 600 ou R$ 1.200, no caso de mulheres chefes de família. 

Na prática, Bolsonaro confirmou o que já havia sido anunciado por lideranças do Executivo no Congresso e projetado pela equipe econômica. “Vai ser até dezembro, só não sei o valor. Enquanto for possível, nós o manteremos, mas você começa a ter consciência de que ele não pode ser eterno.”

A afirmação de Bolsonaro ocorreu durante evento de entrega de moradias populares em Ipanguaçu (RN). O presidente pisou no palanque junto a ministros e aliados e foi festejado pelo público presente.

“O auxílio foi bem-vindo. Infelizmente, não pode ser definitivo. Mas vamos continuar com ele mesmo que seja com valores diferentes até que a economia realmente possa ‘pegar’ no nosso país.”

Auxílio alavancou popularidade do presidente 

O benefício foi criado para ajudar trabalhadores informais, desempregados e MEIs (microempreendedores individuais) a enfrentar a crise do coronavírus. Começou com duração de três meses, e depois foram anunciadas duas parcelas extras. 

O valor de R$ 600 não foi a primeira opção do governo. A equipe econômica havia proposto parcelas de R$ 200, mas o Congresso achou pouco e quis subir o valor para R$ 500. O presidente, então, resolveu conceder R$ 600 mensais.

O auxílio ajudou a levantar a popularidade do presidente, sobretudo na região Nordeste, tradicional reduto petista. Desde então, o governante — que tentará a reeleição em 2022 — começou a avaliar junto ao Ministério da Economia a possibilidade de prorrogação. 

De acordo com os cálculos do governo, o pagamento do auxílio emergencial consome R$ 50 bilhões mensais do Orçamento público.

Elogios ao Congresso 

Antes da passagem por Ipanguaçu, Bolsonaro esteve em Mossoró, também no Rio Grande do Norte, para entrega de moradias populares. Em discurso, o presidente mudou o tom em relação ao Congresso e fez um afago a parlamentares. 

A mudança de postura ocorre depois de ele esbravejar contra o Parlamento em razão da ameaça de derrubada do congelamento de salários de servidores públicos.

O governante se disse grato aos deputados que, na sessão de ontem, reverteram decisão do Senado e selaram a manutenção de um veto presidencial que suspende reajustes na folha até o fim de 2021.

*Com informações do UOL 

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