O tomógrafo do Hospital Regional do Gama (HRG) voltará a funcionar nos próximos dias, depois de um ano e meio parado. O equipamento estava quebrado e foi consertado há dois meses, porém não podia funcionar por falta de refrigeração controlada.

Nesta segunda-feira (20), o presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal, Gutemberg Fialho, entregou dois aparelhos, que custaram ao sindicato cerca de R$ 7 mil e vão permitir que o hospital volte a realizar  os exames. Pacientes que aguardavam na fila e tinham que procurar outros hospitais serão beneficiados.

Segundo a equipe da direção do HRC, voltando a funcionar, o tomógrafo vai ajudar a dar vazão a uma fila de espera de 17 mil exames, entre emergenciais e ambulatoriais. “Ter condições de oferecer o serviço traz tranquilidade à equipe e resolutividade para a população. A postura do Sindicato dos Médicos mostra maturidade no sentido de estar sensível à necessidade da população”, afirmou o diretor do Hospital, José Roberto de Deus Macedo.

De acordo com Gutemberg Fialho, com essa ação o Sindicato reafirma uma atuação que não se restringe à defesa dos médicos enquanto trabalhadores. “Denunciamos constantemente as deficiências do sistema público de saúde e, sempre que possível, como agora, contribuímos, dentro das limitações institucionais e financeiras que temos, para a melhora da assistência à população”, afirmou.

A necessidade dos aparelhos de ar condicionado chegou ao SindMédico-DF e à Defensoria Pública do DF, em fevereiro, quando as duas entidades buscavam ajudar a equacionar os problemas referentes aos partos realizados no HRG e no Hospital Regional de Santa Maria. Tanto Gutemberg, quanto o defensor Celestino Chupel, do Núcleo de Saúde da Defensoria se prontificaram a ajudar. Recolocar o tomógrafo em funcionamento significa, não só uma melhor prestação de assistência, mas a salvação de vidas, declarou Gutemberg.

Vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), em outubro de 2016, o servidor do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), Arnaldo Teixeira dos Santos, de 53 nos, deu entrada no Hospital Regional do Gama (HG), onde foi pedida uma tomografia. Como o aparelho do hospital estava quebrado, o pedido entrou no sistema de regulação para que o exame fosse realizado no Hospital de Base do DF. Sem médico disponível para seguir com o paciente, a família arcou com o custo de ambulância e exames particulares. Quatro dias depois, Arnaldo morreu no Hospital de Base. Se o exame tivesse sido feito dias antes ele poderia ter sobrevivido.

Memória:

Em 2009, o Hospital Regional do Gama recebeu um tomógrafo adquirido pelo governo do Distrito Federal, a um custo anunciado de R$ 1,1 milhão. Também foi feita uma reforma no valor de R$ 390 mil para instalar o aparelho.

Fonte: SindMédico

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