Sindicato diz que o governo deixa a rede hospitalar pública desabastecida e corta remuneração de servidores

Por Delmo Menezes

O Sindicato dos Médicos do DF (SindMédico), através de informe veiculado em jornais e redes sociais, questiona o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB) sobre a gestão da Saúde. De acordo com o SindMédico, “a receita” para melhorar a assistência à saúde da população assinada pelo governador Rodrigo Rollemberg e o secretário de Saúde Humberto Fonseca, são o sucateamento e o esvaziamento do serviço público.

Segundo o informativo, já se passaram dois anos e três meses de gestão do atual governo, e tem sido recorrente a falta de medicamentos, falta de manutenção de equipamentos desde os mais simples aos mais complexos, falta de insumos básicos, o que faz aumentar o número de mortes nos hospitais, que segundo o sindicato, poderiam ser evitadas.

De acordo com o SindMédico, na semana de carnaval, foi registrada a falta de Ceftriaxona (anti-infeccioso), Altepase (para acidente vascular cerebral), Heparina (anticoagulante para tratamento de trombose), Aciclovir (tratamento de infecções pelo vírus da Herpes) e medicamentos para quimioterapia, o que pode encurtar o tempo de vida ou levar a óbito pacientes de câncer).

Segundo a nota, ortopedistas estão sem fixadores externos para atender pacientes com fraturas graves, o que ocasiona sequelas e até óbitos. Médicos cirurgiões estão sendo impedidos de operar por falta de máscaras e fios cirúrgicos, protetores para os pés e roupas e com focos de luz quebrados. De acordo com o Sindicato, as emergências funcionam com desfibriladores parados por falta de pás, sem dreno tórax, tubos orotraqueais de diversas numerações (para garantir a ventilação de pacientes com incapacidade respiratória), além de outros equipamentos quebrados por falta de manutenção.

O presidente do SindMédico Gutemberg Fialho, consultado pelo Agenda Capital, sobre o informe divulgado na imprensa, informou que não há interesse por parte do secretário de saúde, de resolver os graves problemas que foram apresentados, e que segundo ele, a portaria que propõe mudanças na Atenção Primária, na realidade acaba com atendimento de pediatria, ginecologia e clínica médica nos centros de saúde tradicionais. “O que o governo quer é mostrar que o atual modelo não funciona, e com isso implantar as Organizações Sociais, a começar pelo Hospital de Base, com o nome de Instituto”, disse o sindicalista.

De acordo com Gutemberg, nesta segunda-feira (06), foram suspensas pequenas cirurgias no Hospital de Base por falta de anestésico, e que as viaturas estão sem combustível para transporte de pacientes.

Segundo Gutemberg, “o atual gestor da saúde, Humberto Fonseca, não conhece como funciona a máquina, e até agora não demonstrou capacidade para resolver o mais simples dos problemas, ou seja, não saímos do lugar e vamos para o terceiro ano de governo”. O presidente do Sindmédico afirmou ainda que outro problema que os servidores da saúde estão enfrentando com a atual gestão, “é a desvalorização dos profissionais da saúde em todas as áreas”.

Da Redação do Agenda Capital

1 COMENTÁRIO

  1. Boa tarde !
    O Dr. Gutemberg com certeza merece ocupar uma das cadeiras na câmara legislativa do DF,está sempre preocupado com a desvalorização dos profissionais de Saúde, e também com a falta de medicamentos , Equipamentos quebrados, enfim falta tudo nos hospitais.

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