Ministro do Trabalho Helton Yomura. Foto: Edu Andrade/ ASCOM/Ministério do Trabalho

Helton Yomura e deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) são alvo da 3.ª fase da Operação Registro Espúrio; pedido de afastamento feito pela PF e Procuradoria foi aceito pelo ministro Edson Fachin, relator do caso na Corte

Por Redação

O ministro do Trabalho Helton Yomura é um dos alvos da terceira fase da Operação Registro Espúrio. Além de realizar busca e apreensão, a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República pediram ao Supremo Tribunal Federal o afastamento de Yomura da pasta. A medida foi aceita pelo ministro Edson Fachin, relator do caso na Corte. A PF também cumpre mandado de busca no gabinete do deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP).

A Registro Espúrio investiga desvios no Ministério do Trabalho relacionados à concessão do registro sindical. Yomura é apadrinhado político do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) e de sua filha, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ). Pai e filha foram alvo das das primeiras fases da operação.

Cristiane chegou a ser nomeada ministra da pasta. No entanto, diversas decisões da Justiça Federal e uma liminar da presidente do Supremo, Cármen Lúcia, suspenderam a posse. Em fevereiro, um decreto anulou a nomeação da filha de Jefferson para o cargo.

A ação desta quinta-feira, de acordo com a PF, tem como objetivo de “aprofundar as investigações a respeito de organização criminosa que atua na concessão fraudulenta de registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho”.

No total, estão sendo cumpridos dez mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária, expedidos pelo Supremo, em Brasília e no Rio.

A pedido da Procuradoria, ainda serão impostas aos alvos da operação medidas cautelares como proibição de frequentar o Ministério do Trabalho e de manter contato com os demais investigados ou servidores da pasta, bem como a suspensão do exercício do cargo, como no caso do titular do Trabalho.

“As investigações e o material coletado nas primeiras fases da Registro Espúrio indicam a participação de novos atores e apontam que importantes cargos da estrutura do Ministério do Trabalho foram preenchidos com indivíduos comprometidos com os interesses do grupo criminoso, permitindo a manutenção das ações ilícitas praticadas na pasta”, diz nota da PF.

A reportagem está em tentando contato com o ministro do Trabalho e com o deputado Nelson Marquezelli. O espaço está aberto para manifestações.

Da Redação com informações do Estadão

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