Agora, o deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES) – que é líder da maioria na Câmara – vai redigir um novo relatório, com posição contrária ao prosseguimento da denúncia

Por Redação

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados rejeitou, por 40 votos a 25 e uma abstenção, o relatório do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) que recomendava o prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva no Supremo Tribunal Federal (STF). Agora o texto seguirá para plenário e, para que a denúncia não seja aceita, Temer precisará de 172 votos.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou, na noite desta quinta-feira 13, relatório contrário à aceitação da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer. Por 41 votos a 24, o colegiado garantiu uma primeira vitória a Temer no Congresso. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou, na noite desta quinta-feira 13, relatório contrário à aceitação da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer. Por 41 votos a 24, o colegiado garantiu uma primeira vitória a Temer no Congresso. Agora o texto seguirá para plenário e, para que a denúncia não seja aceita, Temer precisará de 172 votos.

O deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) — um dos poucos tucanos a votar contra o parecer de Zveiter — apresentou um novo relatório, com posição contrária ao prosseguimento da denúncia. O novo parecer foi aprovado por 41 votos a 24. Agora, ele precisa ser analisado em plenário. Não se sabe, no entanto, se essa votação acontecerá neste semestre. O mais provável é que ela seja realizada apenas em agosto.

Ainda nesta quinta-feira (13/7), os líderes da base governista devem se reunir na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para definir os próximos passos da votação.

Oposição

Logo depois da votação, os parlamentares de oposição reagiram ao resultado com gritos de “Fora Temer”. Os deputados também carregavam cartazes com uma foto de Temer ao lado do empresário Joesley Batista e dizeres como “quem vota ‘não’ hoje, não terá voto amanhã” e “engavetar a denúncia é ser cúmplice da corrupção”.

Suplente da Comissão, a deputada Erika Kokay (PT-DF) criticou o resultado e as manobras feitas pelo governo para conseguir obtê-lo. “Essa não é a expressão da CCJ e, sim, do governo que está armando e mutilando as opiniões. Os deputados foram vendidos. Essa semana, cada um colocou seu preço”, disparou. Alessandro Molon (Rede-RJ) também atacou a troca de deputados na Comissão: “o governo está maniuplando votos. Isso é uma vitória fabricada. Ou seja, significa uma derrota”.

Apesar da derrota, Henrique Fontana (PT-RS), manteve o otimismo e afirmou que a oposição tem condições de, no plenário, aprovar o prosseguimento da denúncia contra Temer: “temos condições de vencer e fazer com que o povo brasileiro tenha o desfecho que espera. O parlamento virou às costas para o povo, mas vamos à luta contra essa tentativa de engavetar a denúncia”.

Governistas

Já os deputados da base aliada comemoraram a vitória na Comissão. Darcísio Perondi (PMDB-RS) provocou os parlamentares da oposição dizendo que eles “denunciam o presidente, mas não têm votos suficientes para derrubá-lo”. “Desafio a oposição a vir aqui na segunda-feira votar o relatório, mas acho que não vai acontecer. Enquanto isso, o presidente deve estar trabalhando, como um chefe de Nação deve fazer”, disse.

Beto Mansur (PRB-SP) disse que os governistas querem levar logo a votação ao plenário para “tirar essa questão da frente”. “Precisamos de 342 deputados para deliberar sobre esse assunto, coisa que não está fácil por esses dias. A base está muito forte, enquanto a oposição não passa pela mesma situação. Precisa de muita gente para fazer o relatório prosseguir”, pontuou.

Da Redação com informações do Correio

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

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