Crédito: Paulo H. Carvalho/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Casas no condomínio Ville de Montagne, no Lago Sul.

Por Helena Mader / CB

Dez anos depois da primeira venda direta do Distrito Federal, o governo vai retomar a regularização dos condomínios construídos em terras públicas e ocupados por moradores de classe média. A Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) lança no próximo dia 30 o edital de venda dos terrenos do Ville de Montagne, na região do Lago Sul. O preço médio dos lotes será de R$ 205,7 mil, mas haverá desconto de 15% para quem pagar à vista. Nesse caso, o morador pagará R$ 174,8 mil.

Só poderão participar da venda direta os ocupantes que não tiverem outros imóveis residenciais no Distrito Federal. A expectativa da Terracap é de que cerca de 70% dos 885 lotes ocupados se enquadrem nas normas do edital.  No caso dos terrenos cujos ocupantes tenham outro imóvel residencial no DF, a Terracap lançará um edital específico no fim de julho. O preço final será o mesmo, caso o morador comprove que já estava no lote em dezembro de 2016.

Mas, nesses casos, a venda será feita com base nas regras da Lei 8.666/1993, ou seja, os terrenos serão licitados, com direito de preferência. Se o ganhador da licitação não for o atual ocupante, ele terá que pagar uma entrada média de R$ 193 mil, além de indenizar as benfeitorias construídas pelo ocupante.
Lotes vazios e comerciais não serão vendidos nesta etapa. A expectativa da Terracap é lançar um edital para comercializar esses terrenos três meses após o edital de venda direta, ou seja, no fim de setembro.

Negociação

As regras da venda direta e o preço foram definidos após meses de negociações entre os moradores do Ville de Montagne e a direção da Terracap. O valor de mercado final dos lotes ficou, em média, R$ 398,9 mil. Desse montante, a Terracap abateu os gastos com infraestrutura realizados pela comunidade e a valorização decorrente desses investimentos, chegando ao preço médio de R$ 205,7 mil.

Esse valor é para terrenos de 800 metros quadrados. Haverá pequenas variações em função da localização do terreno. Lotes de esquina, por exemplo, podem custar até 5% a mais do que os imóveis de meio de quadra. Os terrenos poderão ser financiados em até 240 meses pela Terracap.

O presidente da Terracap, Júlio César Reis, fez um balanço positivo do processo de negociação com a comunidade da região. “No nosso entendimento, chegamos a um valor justo, que contempla descontos da infraestrutura e da valorização. A regularização permitirá que a região se torne sustentável, com investimentos complementares em infraestrutura na região, como drenagem, por exemplo”, disse Reis.

Confira valores:Da Redação com informações do Correio

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