Por Coluna Painel

Demonstrando que pretende traçar novo marco nas relações entre o Supremo e os demais Poderes, o ministro Dias Toffoli, que assume a corte em setembro, foi jantar na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para falar com o deputado e o comandante do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE). Segundo relatos, Toffoli defendeu que as instituições interajam de maneira independente, mas harmônica. E foi além: pregou que os chefes dos três Poderes tenham encontros periódicos.

Você também O futuro presidente do Supremo adotou procedimento semelhante com Michel Temer. Eleito para assumir a corte, telefonou para o emedebista e disse que fazia questão da presença dele em sua posse. Na ocasião, também mencionou a tese de encontros mensais entre os chefes dos Poderes.

Olho por olho Na conversa com os presidentes da Câmara e do Senado, Toffoli falou da proposta de reajuste de 16,38% para juízes aprovada pelo Supremo na semana passada. Assegurou que, se o Congresso aprovar o aumento, o auxílio-moradia será extinto pela corte.

Missão de paz Toffoli é reconhecido pelos pares como um ministro mais jeitoso do que Cármen Lúcia para tratar com outras autoridades. Em momentos de crise, a amai presidente do STF sempre evitou contato direto com Michel Temer, por exemplo.

Portas fechadas

Coordenador do MST, João Pedro Stédile tentou agendar um encontro dos militantes que fazem greve de fome por Lula com Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo. De acordo com os relatos, a chefe de gabinete do ministro afirmou que não teria como encaixar a conversa na agenda.

TEMPO QUE NÃO VOLTA

Stédile pediu, então, que ela dissesse a Fachin que, antes de ser nomeado para o STF, ele tinha tempo para procurar o MST e que o apoio do movimento o ajudou a chegar na corte.

Tuas mãos

Os militantes, em greve de fome há 17 dias, querem um encontro com a presidente do Supremo para só então encerrar o protesto. Pretendem pedir a Cármen Lúcia que paute a discussão sobre a prisão em segunda instância. Ela não decidiu se irá até eles ou se os receberá no STF.

Barco aliado

Depois de ter sido cogitado para a vaga de vice na chapa presidencial de Geraldo Alckmin (PSDB), o ex-ministro Aldo Rebelo (SD) vai assumir o comando da Casa Civil do governador de São Paulo, Márcio França (PSB).

Sou o caminho

Quem viu as cenas das primeiras propagandas gravadas por Geraldo Alckmin (PSDB) diz que ele reforça a tese de que o Brasil precisa de uma pessoa preparada e experiente. O ex-governador reafirma que um aventureiro não salvará o país.

Meu Rebanho

Jair Bolsonaro (PSL) pretende reforçar sua inserção em um nicho poderoso e que já simpatiza com ele: o do agronegócio. Em São Paulo, confirmou presença na Festa do Peão de Barretos, dia 25, e programa agenda no oeste do estado.

Meu Rebanho 2

“A região do Paranapanema é emblemática porque é onde nasceu o MST, onde começaram as invasões. O povo quer que ele vá”, diz Major Olímpio, aliado do presidenciável que organiza o ato.

Diplomacia

Depois de questionar a presidente do TSE, Rosa Weber, sobre a remessa do processo de registro de Lida para Luís Roberto Barroso, os advogados do petista foram falar com o ministro e com Admar Gonzaga, outro membro da corte que recebeu ações contra a participação do ex-presidente na eleição.

Trégua

Os defensores de Lula tentaram minimizar o desconforto que a ofensiva que vem sendo travada pelo PT causou no TSE. Eles elogiaram a independência dos ministros. Dizem agora que a defesa não deve alegar suspeições.

Missão dada

A aposta é a de que o destino de Luda seja selado no TSE antes do início da propaganda eleitoral, no dia 31 de agosto.

TIROTEIO

“Temer quer derrotar Alckmin, já que todo mundo sabe que o candidato do governo é Meirelles. Jogada de marketing negativo”

De Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), sobre o presidente ter dito à Folha que, com a base ao redor do tucano, parece que Alckmin é seu nome na eleição

Da Redação com informações da Folha (Thais Arbex e Julia Chaib)

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