Por Helena Mader / Eixo Capital
É grande a possibilidade de reviravolta na composição das bancadas na Câmara Legislativa e Federal. Integrantes do PTB apostam na possibilidade de uma reviravolta na composição da Câmara Legislativa e na bancada do DF na Câmara dos Deputados. Isso porque o Tribunal Regional Eleitoral negou o pedido de registro de 32 candidaturas de deputados federais e distritais do PTB. A Corte entendeu que a legenda não apresentou no prazo legal a filiação desses candidatos. A Justiça Eleitoral liberou os representantes da sigla para fazerem campanha, mas os votos desses petebistas estão sub judice e não foram contabilizados. Segundo o PTB, Jaqueline Silva, que concorreu a distrital, teve mais de 13 mil votos.
Troca de eleitos
Se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatar o recurso do PTB e liberar as candidaturas, a expectativa é de que Jaqueline tome a vaga de um dos eleitos. Ainda não é possível apontar com precisão quem ficaria de fora. Na Câmara dos Deputados, a validação dos votos do PTB pode beneficiar o candidato do Patriota Paulo Fernandes. O católico e militante contra o aborto teve 31.183 votos. Como o Patriota estava coligado com o PTB na disputa para federal, a mudança no panorama pode beneficiá-lo.
Sujões na mira da Justiça
Os sujões da campanha eleitoral estão na mira do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF). A Corte deu prazo de 30 dias para que os candidatos, partidos políticos e coligações removam toda a propaganda espalhada pela cidade e restaurem os bens eventualmente danificados. Durante a campanha de primeiro turno, a Comissão de Fiscalização da Propaganda Eleitoral do TRE recebeu cerca de mil denúncias sobre publicidade irregular — boa parte delas era relativa a peças publicitárias coladas em bens públicos como postes, paradas de ônibus, passarelas e viadutos. Quem não remover a sujeira da cidade poderá ser multado e o valor a ser fixado pelos juízes levará em conta a situação econômica do infrator.
Frente anti-Bolsonaro no DF
Representantes de vários partidos como PT, PSol, PDT, Pros e PCdoB se reuniram ontem para organizar uma frente em defesa da democracia. O grupo é contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e defende a eleição de Fernando Haddad (PT). Na próxima quarta-feira, os militantes vão realizar um ato no Conic. A ideia é atuar no segundo turno da eleição e, caso Bolsonaro chegue ao Palácio do Planalto, manter a atuação fazendo oposição ao futuro presidente no Distrito Federal, na Câmara Legislativa e no Congresso Nacional.
Justiça aumenta pena de Arruda
A Justiça aumentou a pena imposta ao ex-governador José Roberto Arruda por tentar comprar uma testemunha da Operação Caixa de Pandora. Com isso, a pena final de Arruda passou de 7 anos e seis meses para oito anos e 20 dias de prisão. O Ministério Público do DF entrou com embargos de declaração para questionar a dosimetria da pena. O juiz Newton Mendes Aragão Filho reconheceu o equívoco e aumentou a penalidade, que inclui ainda uma multa de 535 salários mínimos, em valores vigentes à época da Pandora. “Há de fato evidente erro material no cálculo da pena, com uma operação matemática ilógica”, explicou o magistrado, que manteve ainda o regime fechado. A decisão é de primeira instância e Arruda pode recorrer em liberdade.
De volta à TV
O programa eleitoral no rádio e na televisão será retomado hoje. Para o programa de estreia, a equipe de produção do governador Rodrigo Rollemberg vai mostrar imagens da campanha do primeiro turno, além de um agradecimento à população por levá-lo ao segundo turno. Logo no início do programa de Ibaneis, uma locutora vai lembrar que, 40 dias atrás, Ibaneis era quase um desconhecido. E relembrar a trajetória do advogado na campanha até chegar aos 42% dos votos.
Debate dá o tom da disputa no segundo turno
O primeiro debate entre os candidatos Rodrigo Rollemberg (PSB) e Ibaneis Rocha (MDB) no segundo turno deu o tom de como será a campanha nas próximas duas semanas: com clima tenso e muitas trocas de acusações. Durante o encontro, realizado pelo Correio Braziliense, o governador tentou, mais uma vez, associar a imagem do emedebista a pessoas denunciadas por corrupção. O advogado, por sua vez, apontou falhas na gestão de Rollemberg.
Apoio da primeira-dama
Depois do confronto mais duro entre os candidatos, no fim do segundo bloco, a primeira-dama, Márcia Rollemberg, foi até o centro do estúdio, durante o intervalo, para abraçar o marido. Ela o acompanhou em todos os debates realizados pelo Correio, sempre dando conselhos entre os blocos.
Aliança em negociação
Ibaneis Rocha esteve ontem com Cristovam Buarque (PPS), na casa do senador. O parlamentar entregou ao candidato do MDB uma lista de programas e projetos que implantou quando era governador, nos anos 1990, e que gostaria de ver retomados. Ibaneis adiantou que quer investir em iniciativas começadas por Cristovam, como o Saúde da Família e o Escola em Casa. Ainda não ficou acertado nenhum apoio formal, mas uma aliança pode sair na semana que vem.
Da Redação do Agenda Capital