Vice-governador do DF Paco Britto e a esposa, Ana Paula Hoff. Foto: Reprodução

Em 2020, iniciamos o ano cheios de projetos e grandes perspectivas para o crescimento da nossa Capital. E, de repente, tudo mudou significativamente. Um vírus chegou e, de uma hora para a outra, se espalhou pelo mundo, adoecendo pessoas. Matando pessoas.

Por Paco Britto

Chegamos ao fim de mais um ano. Certamente, o ano mais diferente de nossas vidas. Um ano de muito aprendizado e de muitas mudanças.  Diferente. Intenso. Aliás, tudo o que eu puder transformar em palavras, com toda certeza, não será o suficiente para detalhar o que foi 2020. O ano que nos fez aprender e reaprender tanto, rever conceitos, colocar em prática o que é superação.

Este ano me fez lembrar, durante todo esse tempo, da minha caminhada ao lado do então candidato ao Governo do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Andamos por todos os cantos do Distrito Federal, conversando com todas as pessoas, ouvindo os anseios da população de cada cidade, das zonas rurais. E a cada “pedido de socorro” que ouvíamos dessas pessoas, mas nós tínhamos a certeza de que era preciso buscar a vitória para atender cada uma delas.

Ao longo da campanha, fizemos muitos compromissos. E, por mais que as pesquisas mostrassem que a nossa chapa tinha um percentual pequeno naquele momento, quase sem chance alguma de vitória, eu e Ibaneis andávamos mais e mais, buscando pessoa por pessoa. Poucos eram os que acreditavam que chegaríamos ao Buriti. Mas nós sabíamos que poderíamos chegar. E o mais importante: que ao ocuparmos as cadeiras de governador e vice-governador, chegaríamos com a obrigação de cumprir cada compromisso firmado com aquele povo.

Ganhamos a eleição. E, durante o primeiro ano do governo, colocamos a casa em ordem e fomos cumprindo, um a um, os compromissos de campanha. Retomamos obras e iniciamos outras tantas. Valorizamos o servidor. Trouxemos investimentos para o Distrito Federal. Melhoramos a saúde, a educação e a segurança. Pavimentamos ruas. Tapamos buracos. Deu-se início a era das regularizações. A economia estava de vento em popa. A Brasília que as pessoas tanto amavam e lembravam estava sendo resgata dia após dia.

Em 2020, iniciamos o ano cheios de projetos e grandes perspectivas para o crescimento da nossa Capital. E, de repente, tudo mudou significativamente. Um vírus chegou e, de uma hora para a outra, se espalhou pelo mundo, adoecendo pessoas. Matando pessoas. Estagnando a economia. Causando dor, sofrimento, desemprego. E este governo tinha, naquele momento, duas opções: Parar e contar com a sorte para que a pandemia acabasse ou arregaçar as mangas e encarar, de frente, o momento e seus dissabores. E, graças a Deus, optamos pela segunda opção.

As incertezas da pandemia do novo coronavírus era cercada de incertezas. Mas, mais uma vez, o governador Ibaneis e eu, agora eleitos, sabíamos que, assim como foi em 2018, era possível lutar. No momento certo, o comércio foi fechado. Naquele momento, embora a medido parecesse muito impopular, hoje vemos quantas vidas puderam ser salvas com aquela medida. Enquanto corríamos por um lado para garantir insumos, equipamentos de segurança e respiradores mecânicos, o governo se mobilizava para fazer nascer hospital de campanha no Estádio Nacional e hospital acoplado em Ceilândia. Era preciso mais profissionais, e eles foram contratados. Era preciso garantir atendimento, e eles foram assegurados.

Do outro lado, a economia agonizava. Empregos eram extintos. E, com muita responsabilidade, reabrimos o comércio, de forma gradual e responsável, quando os números da pandemia davam um pequeno conforto à nós em relação ao número de vagas nas UTIs.

Mas não vivemos só a pandemia. A cidade continuou a andar. As aulas foram asseguradas aos estudantes, de forma virtual. As obras continuaram, com os empregados respeitando todos os protocolos de segurança exigidos. Mesmo diante de tantos percalços, 2020 nos deu a chance de mostrar à toda a população do DF que os compromissos assumidos com ela durante a campanha, não iriam ser deixados para trás.

Por estar nas ruas, todos os dias, trabalhando, mesmo com todas as precauções, fui acometido pela Covid-19. Fui hospitalizado, recebi alta, voltei dias depois com complicações. Mas venci a doença. Infelizmente, nem todos tiveram a mesma chance, o que me entristece muito. Mas, ao mesmo tempo, me alegra a chance, dada por Deus, para que eu pudesse continuar minha caminhada, ao lado de Ibaneis, para garantir que a nossa cidade tenha todo o suporte necessário, tanto durante a pandemia quanto após ela.

Aos trancos e barrancos lidando com um inimigo invisível aos olhos nus, chegamos ao fim do ano um pouco melhores do que esperávamos, mas ainda com grandes desafios pela frente. O maior deles hoje, certamente, está em entender que a pandemia não acabou. Pelo contrário: ela dá sinais claros de que pode se fortalecer e comprometer nossa caminhada e conquistas até aqui.

Por isso, está mais que na hora de clamar a todos os que moram e amam a nossa capital, cuidem de si, dos seus queridos e dos outros. Porque é o que precisamos neste momento.

Sabemos que este Natal e o fim do ano, épocas de tantos abraços, beijos e festas, deverão ser diferentes em 2020. O uso das máscaras deve ser respeitado, até porque, é obrigatório em todo o Distrito Federal. As aglomerações devem ser evitadas. E o distanciamento social, deve existir. É muito difícil quando temos apenas duas opções à escolher, e as duas são doloridas. Mas, em momentos extremos, como este de pandemia, as atitudes certas é que vão dar o norte do futuro nos próximos meses. A festa cheia de hoje pode representar o lockdown de amanhã. O desrespeito às regras de distanciamento de hoje podem ser as mortes de amanhã. Os beijos e abraços de hoje podem ser a lista de espera por vaga em UTI amanhã.

É preciso escolher? É sim! E pode ser que a melhor opção não seja a mais prazerosa? Provavelmente, não será! Mas assim como os números quase inexpressivos de uma pesquisa podem virar com a fé e o compromisso com uma população, os números significativos que vemos hoje de infectados e mortos por causa da Covid-19 também podem virar com fé e compromisso. Um compromisso que é de todos nós com o outro. Família, amigos, colegas e até mesmo, desconhecidos. Vale a regra: “Eu te protejo e você me protege”.

Para 2021, o que desejo a todos é saúde e prosperidade. É vacina e felicidade. É mais amor e amizade. É que os sonhos se tornem verdade. Que o Natal seja de luz. E um novo ano de esperança em dias melhores. Porque sim, eles serão! Só depende de nós para que cada um faça a sua parte e consigamos, enfim, garantir um ano com 365 dias de bons momentos.

Paco Britto

Vice-governador do Distrito Federal

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

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