Upa da Ceilândia

As Unidades de Pronto Atendimento do DF estão sem receber o repasse mensal do Ministério da Saúde, de R$ 500 mil, desde 2017, por causa de supostas irregularidades. Secretaria anuncia a entrega de três Unidades Básicas de Saúde até dezembro

Por Redação

As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Distrito Federal devem voltar a receber recursos federais em três meses, após dois anos de suspensão do repasse. Além do investimento local, que varia entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões mensais para custos operacionais, as seis unidades — Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho — ganharão, mensalmente, R$ 500 mil do Ministério da Saúde.

O anúncio foi feito pelo secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, nesta sexta-feira (11/7), em apresentação do balanço das ações da pasta nos primeiros seis meses de governo. As UPAs não recebem os recursos federais desde 2017. Segundo Okumoto, a suspensão do apoio ocorreu por causa da “precariedade no funcionamento na gestão passada”, além de as UPAs precisarem atender uma série de requisitos básicos, como infraestrutura, ar-condicionado e banheiros em bom estado.

Para reabilitar as unidades, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF) realizou reformas e manutenção em todas elas. O investimento total das obras soma mais de R$ 469 milhões. “Nós abastecemos as UPAs, colocamos pessoal, melhoramos a infraestrutura e demos entrada na documentação junto ao Ministério da Saúde. Inclusive, representantes da pasta visitaram algumas unidades in loco”, afirmou o diretor-presidente do Iges-DF.

Números positivos

Em meio à maior epidemia de dengue no Distrito Federal, à carência de leitos em hospitais e à falta de atendimento em unidades, a Secretaria de Saúde faz uma avaliação positiva dos seis meses da atual administração. No semestre, a pasta realizou 31.162 procedimentos cirúrgicos, em 14 hospitais da rede pública. Do total de intervenções, 16.889 foram de urgência e emergência.

Osnei Okumoto, secretario de saúde do DF. Foto: Jossie Medcalf

Osnei Okumoto destacou que houve também uma ampliação no número de vagas do serviço de atenção domiciliar de alta complexidade, que passou de 50, em 2018, para 70, em 2019. Com isso, as vagas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foram liberadas. Em termos de economia para o Governo do Distrito Federal, equivale à disponibilização de 30 novos leitos.

“Evoluímos muito em aquisições, mas queríamos muito mais, ofertando melhores condições. Mas nossa avaliação global é muito boa, com a abertura de mais leitos de internação e de UTI e centros cirúrgicos, a disponibilização de medicamentos, inclusive de alto custo, e o tratamento para os pacientes, com apoio do Ministério de Saúde. Daqui a seis meses, mostraremos índices muito melhores”, disse Okumoto.

De 1º de janeiro a 30 de junho, a Secretaria de Saúde entregou três Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em Planaltina, Santa Maria e na Estrutural. Ainda, deve entregar outras três até dezembro, que estão em construção no Recanto das Emas, Samambaia e Riacho Fundo 2. Elas vão custar R$ 10 milhões.

Balanço

Realizações da Secretaria de Saúde no primeiro semestre de 2018:

Investimentos

Materiais médico-hospitalares: R$ 47 milhões

Medicamentos para a população: R$ 119 milhões

Reformas de UPAs: R$ 469 mil

Atendimentos

Cirurgias: 31.162

Cirurgias de catarata: 312

Vigilância ambiental

Aplicação de fumacê: 829.629 imóveis

Imóveis inspecionados: 661.577

Amostras coletadas: 12.123

Pontos estratégicos inspecionados: 2.309

(borracharia, floriculturas e ferros velhos)

Da Redação com informações da SES-DF e CB

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