Bolsonaro e Mandetta. Foto: Reprodução

Por Delmo Menezes 

Após sucessivos desentendimentos com o presidente Jair Bolsonaro em relação a pandemia do novo coronavírus, o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), foi exonerado nesta quinta-feira (14), conforme comunicado do Palácio do Planalto. O agora ex-ministro da Saúde foi chamado por volta das 16hs no Palácio do Planalto para uma reunião com o presidente Bolsonaro, onde foi oficializado o seu desligamento da pasta.

Durante o decorrer da semana, Mandetta já vinha fazendo discurso de despedida. Nesta quinta-feira (16), o ex-ministro anunciou através de uma Live a um grupo de profissionais da saúde, que a qualquer momento estaria deixando o cargo. Durante várias entrevistas coletivas, Mandetta de forma quase que direta, já estava preparando o terreno para sua saída. Na última coletiva de imprensa realizada às 17hs desta quarta-feira (15), Mandetta em tom de despedida falou a imprensa que ele e sua equipe estaria a disposição do futuro ministro para fazer uma transição tranquila.

A gota d’água de sua demissão foi a entrevista concedida no domingo (12) ao programa Fantástico da Rede Globo, onde o ex-ministro declarou que “espera uma fala unificada e o fim da dubiedade, entre suas orientações e as do presidente Jair Bolsonaro”. Ao ser questionado na segunda-feira (13) pela manhã na saída do Palácio Alvorada, Bolsonaro afirmou: “Eu não assisto a Globo”.

De acordo com fontes do Palácio do Planalto, a entrevista de Mandetta ao programa Fantástico da Rede Globo, fez com que os militares que apoiavam a permanência dele no governo, se afastasse. Na opinião de um assessor com assento no Palácio, Mandetta não poderia ter desafiado o presidente em público.

A crise entre Bolsonaro e Mandetta vem desde o início da pandemia do novo Coronavírus. O presidente defende o isolamento apenas das pessoas que estão no grupo de risco, e apoia a abertura do comércio e outros setores produtivos. Já o ex-ministro Mandetta defende o isolamento social horizontal (para todos) para o achatamento da curva da Covid-19, como forma de retardar a velocidade de transmissão do novo coronavírus no país.

Médico oncologista Nelson Teich é o novo ministro da Saúde

Novo ministro

Conforme noticiado em primeira mão pelo Agenda Capital, o médico oncologista Nelson Luiz Sperle Teich, era um dos nomes mais cogitados para ocupar a pasta da Saúde, uma das mais importantes da Esplanada dos Ministérios. Teich assume o ministério em meio a pandemia do novo coronavírus. O Sistema Único de Saúde (SUS), tem um orçamento em torno de 125 bilhões de reais, e os desafios são gigantescos. O médico é amigo pessoal do ministro Paulo Guedes e estava cotado para assumir a saúde no início do governo Bolsonaro. O presidente se encontrou nesta quinta-feira (16) com o médico oncologista Nelson Teich, que o considerou “muito qualificado”.

Nelson Teich, possui graduação em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1980) com especialização em Oncologia pelo Instituto Nacional do Câncer (1990). Atualmente é Presidente da COI – Clínicas Oncológicas Integradas S.A. e Diretor Executivo da MedInsight – Decisions in Health Care. É membro do corpo editorial do American Journal of Medical Quality.

Da Redação do Agenda Capital 

1 COMENTÁRIO

  1. Se depender do Bolsonaro, a população será dizimada! #ForaBolsonaro.
    MANDETTA, vc marcou a história! Não importa o que o Bozo esteja fazendo , o importante é que vc tem a consciência que fez o melhor e trabalhou com a CIÊNCIA; não com o achismo de Jair Bolsonaro.
    #VivaoMandetta!
    O Brasil está fodido nas mãos desse presidente de atitudes infantis. Parece um menino mimado !!

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