Mulher parecia estar sob efeito de drogas. O tenente Wesley Eufrásio demonstrou calma e controle durante o diálogo

Por Pedro Grigori / CB

Durante a manhã da segunda-feira (27) de carnaval, um vídeo com o salvamento de uma mulher que tentava se matar ganhou as redes sociais. Ela ameaçava se jogar do Buraco do Tatu, na Plataforma Inferior da Rodoviária do Plano Piloto, e foi impedida pela equipe da Polícia Militar que fazia ronda no local. Líder da operação, o tenente Wesley Eufrásio demonstrou calma e controle durante o diálogo com a mulher e, após a situação ser controlada, o sargento Cláudio Celestino pôde agir, num movimento rápido, e segurá-la, impedindo a tentativa de suicídio.

Na tarde de ontem, o tenente recebeu diversos cumprimentos dos parceiros de trabalho no 6º Batalhão de Polícia Militar do DF. Ele garantiu, porém, que apenas fez o seu dever: zelar pelo próximo. “Entrei nessa profissão para salvar vidas e fazer justiça, protegendo a sociedade. Quando percebi que a situação havia sido controlada, fiquei muito feliz e aliviado por termos salvo uma vida”, relata. Segundo o tenente, a mulher era uma moradora de rua e, durante o ato, parecia estar sob influência de drogas.

“Ela era conhecida dos policiais do posto da Rodoviária. Durante a tentativa de suicídio, ela falava muita coisa sem sentido, dizia que não era amada pela família e que seria um alívio a todos se ela morresse”, relembra.

 Policial militar há cinco anos, Wesley Eufrásio aprendeu na Academia de Polícia Militar a realizar negociações em situações de tensão como essas, e é tido pelos parceiros como um profissional muito responsável e disciplinado. O major Sousa Júnior, subcomandante do 6º Batalhão, foi informado sobre a situação na Rodoviária e, com total confiança, permitiu que o tenente comandasse a ação.

“Tanto o tenente Wesley quanto o sargento Celestino são garotos muito bons, em quem confio muito. O piso do local onde a mulher estava é muito perigoso, pois é feito de metal, então, havia um risco muito grande tanto dela quanto dos policiais deslizarem. Mas, devido a um trabalho excelente, eles realizaram a operação sem maiores problemas”, garante o major.

A negociação

Dentro do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar, há um gabinete de crise, indicado para casos com negociações, como tentativas de suicídio. Porém, quando há falta de tempo hábil, outros membros da corporação atuam no salvamento. O tenente Wesley relata que ter calma é o mais importante em situações assim. “Temos que tentar passar tranquilidade para a pessoa. Sou católico praticante, então, comecei a falar de Deus para ela, dizer que Ele poderia mudar a situação dela e transformar sua vida. Aí, ela foi se acalmando e virou um pouco para olhar para mim. Nessa hora, ficou de costas para o sargento Celestino, permitindo que ele entrasse em cena e a segurasse”, relembra.

Segundo o tenente, a mulher parecia estar sob influência de drogas na hora do ato. “Ela não falava coisa com coisa, dizia que não era amada pela família e que seria um alívio se morresse”, conta. Durante o diálogo, o tenente tentou ganhar a confiança da mulher e garantir que ela se acalmasse. “Sou católico praticante, então comecei a falar um pouco de Deus e dizer que ele poderia mudar a situação dela”, completa.

Da Redação com informações do Correio

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